
Um pouco por todo o país há casas construídas de forma desordenada – Carlos Mesquita
- O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, manifestou a sua preocupação em face da constatação, um pouco por todo o País, acerca da construção de casas e outros empreendimentos em zonas de risco e, em alguns casos, o parcelamento de zonas habitacionais, sem a devida provisão de espaços para as redes de infraestruturas de energia, abastecimento de água e drenagem de águas pluviais, instando à sua correcção.
Carlos Mesquita fez estes pronunciamentos, na abertura do 1° Congresso de Arquitectura de Moçambique, ocorrido na cidade de Maputo, nesta quinta-feira, 8 de Fevereiro, reunindo os profissionais nacionais do sector e convidados de países estrangeiros e que serviu, igualmente, para homenagear o primeiro Bastonário da Ordem dos Arquitectos, Júlio Carrilho, acto que foi dirigido por Graça Machel e a família do malogrado.

De acordo com o Ministro, o ordenamento é a base para a construção habitacional e outros edifícios, devendo estar na mente dos profissionais de arquitectura, tendo referido que “o tema prática profissional pode ajudar em muito, sendo necessário que os profissionais tenham um olho crítico” e acrescentando que “as especificações dos materiais, desde o projecto à fiscalização são aspectos relacionados com a arquitectura sustentável e, por isso, é necessário debater estes assuntos e ter a coragem de corrigir o que está errado”.
Na ocasião, Carlos Mesquita convidou ainda a Ordem dos Arquitectos de Moçambique para que, em coordenação com a Administração Nacional de Estradas (ANE), visse qual poderia ser o seu papel na concepção de feiras de comercialização de diversos produtos disponíveis, ao longo das nossas estradas, a exemplo do que se vê quando se viaja para a vizinha República da África do Sul, onde as pessoas comercializam os seus produtos em condições de higiene e segurança (parqueamento, sanitários e bancadas ordenadas).

Por seu turno, o Bastonário da Ordem dos Arquitectos de Moçambique, Luís Lage, referiu que o foco deste 1° Congresso – que tem como lema “Resiliência do edificado e desafios da prática profissional” – estará na resiliência do edificado, ou seja, como projectar e construir estruturas que sejam económicas, mas também sustentáveis, flexíveis e resilientes a diferentes condições e fenómenos naturais e sociais.
Luís Lage referiu ainda que o evento de dois dias, entre os dias 8 e 9 de Fevereiro, constitui uma ocasião para analisar a contribuição que a arquitectura, o urbanismo e o ordenamento territorial, em geral, podem representar para o avanço da agenda de promoção de desenvolvimento inclusivo e sustentável, no País, desempenhando um papel fundamental na construção de espaços mais resilientes e adaptáveis, capazes de enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.
O relatório do Building Resilience Index apresentado ano passado em Maputo pelo International Finance Corporation – IFC indica que Moçambique é um dos 10 países mais frágeis de África, em termos de clima. De 1950 a 2022, o seja em 72 anos o país registou 90 ciclones. Desde o ciclone em 2019 até ao Fred, ocorreram na pérola do índico 11 ciclones, o que corresponde a três ciclones por ano.
As cheias afectaram 9 milhões de pessoas em 49 anos em Moçambique. As províncias que mais sofreram são as situadas ao longo da costa como Inhambane, Beira, Quelimane e outras.
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