União Europeia e Portugal apelam ao diálogo em Moçambique

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Em meio à tensão pós-eleitoral que tomou conta de Moçambique, a União Europeia (UE) e o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, reforçaram o apelo ao diálogo entre o Presidente eleito, Daniel Chapo, e os diferentes setores da sociedade moçambicana. O objetivo é mitigar os conflitos e promover a reconciliação em um país marcado por manifestações violentas desde a validação dos resultados eleitorais de outubro.

União Europeia: Um chamado à reconciliação 

A União Europeia instou a nova administração a priorizar um diálogo construtivo com a oposição e organizações da sociedade civil. Em comunicado, a UE expressou “extrema preocupação” com a violência pós-eleitoral, que resultou na perda de vidas e na violação de direitos humanos. O bloco também destacou seu compromisso em reforçar a democracia em Moçambique, enviando uma missão de observação para acompanhar o processo eleitoral e apontando irregularidades.

A UE alertou que qualquer incitamento à violência pode aprofundar ainda mais as tensões e pediu às partes envolvidas que se comprometam com a justiça e a resolução pacífica dos conflitos. “Moçambique precisa de um contrato social renovado, baseado no respeito aos direitos humanos e no fortalecimento das instituições democráticas”, afirmou o comunicado.

Marcelo Rebelo de Sousa: Uma voz pela paz 

O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, reforçou a importância do diálogo como solução para a crise em Moçambique. Em declaração, ele apelou às partes em conflito que superem suas diferenças e trabalhem em prol da estabilidade do país. Rebelo de Sousa também respondeu às críticas do candidato Venâncio Mondlane, que questionou a legitimidade das eleições e acusou o governo português de apoiar um processo falho. “É essencial que todas as partes se comprometam com um futuro de paz e progresso para Moçambique”, afirmou o presidente.

Tensão Pós-Eleitoral: Um cenário delicado

 A violência que se seguiu à validação dos resultados eleitorais evidenciou a fragilidade das relações entre o governo e a oposição. Manifestações violentas, vandalismo e pilhagem marcaram os dias que sucederam a proclamação de Daniel Chapo como presidente eleito. Além disso, a libertação de prisioneiros em cadeias como a da Matola agravou o cenário de insegurança, trazendo preocupações adicionais sobre o futuro imediato do País.

Os apelos da União Europeia e de Portugal destacam a necessidade de liderança e responsabilidade em um momento crítico para Moçambique. Enquanto o País enfrenta os desafios de restaurar a ordem e promover o diálogo, a colaboração entre as lideranças nacionais e os parceiros internacionais será essencial para garantir um futuro de paz e estabilidade. Moçambique tem diante de si a oportunidade de transformar a crise em um marco de reforço democrático e unidade nacional.

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