
Macadâmia e Castanha de Cajú vão beneficiar de padronização com vista ao impulsionamento da sua exportação
As cadeias de valor da macadâmia e castanha de caju no mercado moçambicano vão beneficiar de uma intervenção de padronização de normas de qualidade a fim de ampliar as oportunidades de exportação no plano internacional.
Esta perspectiva advém do facto de o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ) estar a trabalhar com a Instituição de Normas do Reino Unido (BSI), no quadro do programa britânico de “Parcerias em Normalização”, cuja primeira fase arrancou em Outubro e o término está previsto para Março de 2024, conforme revela o diário “noticias”, na sua edição de 03/11, citando fontes do INNOQ.
O líder destacado pela BSI para este programa em Moçambique, Nigel Croft, explicou que o Reino Unido disponibilizou cerca de 200 mil libras (equivalente a 15 milhões de meticais) para apoiar na montagem da “infra-estrutura de qualidade”, uma intervenção que está ser feita, também, em outros 10 países do mundo, após o teste bem-sucedido em Gana e Ruanda.
“A ideia do nosso projecto não é apoiar directamente ao produtor. Trabalhamos com a infra-estrutura de qualidade. Para exportar, o agricultor não só deve ter como precisa demonstrar que tem um bom produto, antes de enviar e o mesmo ser rejeitado na fronteira por ter sido encontrado resíduos de pesticidas ou algo semelhante. Por isso, trabalhamos com o INNOQ, que é a entidade máxima para estabelecimento de normas e qualidade no país”, esclareceu.
Segundo o “Noticias”, Nigel Croft, avançou que a BSI vai apoiar, neste contexto, INNOQ a elaborar normas para varias etapas de produção da macadâmia e castanha de caju, incluindo condições de manejo destes produtos, colheita, embalagem e actuação de toda sua cadeia de valor a fim de aprimorar a qualidade do sector, beneficiando os consumidores internos e abrindo portas para exportação.
Observou que, no capitulo da certificação, Moçambique enfrenta desafios no ramo de laboratórios com capacidade e reconhecimento internacional para poder testar o produto para ver se esta de acordo com os requisitos internos e dos países de destino, quando se trata de exportação.
“Por conta desta adversidade que o país enfrenta, estamos numa fase inicial a trabalhar na conscientização do produtor para que saiba o que é e como funciona uma infra-estrutura de qualidade, porque é importante ter normas a reger este tipo de cultura e laboratórios capacitados e com reconhecimento internacional. Ultrapassada esta etapa poderemos seguir para uma segunda, aonde a montagem do equipamento poderá estar no centro das atenções”, revelou.
Alertou que tem algumas certificações que são consideradas importantes na Europa, no geral, e no Reino Unido, em particular, para quem quer colocar seu produto nesta região. Indicou o certificado “global gap” como um dos exemplos, explanando que comprova que o produtor segue boas práticas agrícolas, agregando valor ao produto, ajudando a exportar e a cobrar preços mais justos para o agricultor.
Acrescentou que a ideia é reverter o actual cenário em que a macadâmia de Moçambique é exportada em bruto para África do Sul, onde de seguida vai para o mundo após passar nos ensaios em laboratórios, referindo que o país precisa ganhar urna certa autonomia montando estas infra-estruturas internamente para vender directo para os outros países.
“O caju moçambicano primeiro vai para Vietname, onde é processado e depois exportado para Europa. Vamos apoiar para montar as infra-estruturas aqui para o país sair a ganhar, porque ao invés de vender um produto bruto e de baixo valor passará a comercia lizar algo processado a melhores preços”, concluiu.
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