Principais produtores de petróleo rejeitam a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, de acordo com o Net Zero Tracker
Nenhum dos principais países produtores de petróleo e gás do mundo tem planos para acabar com a exploração desses combustíveis, apesar de muitos se terem comprometido a atingir emissões líquidas zero, de acordo com dados partilhados com a Reuters na terça-feira, 05 de Dezembro.
O Net Zero Tracker, um consórcio independente de dados que inclui a Universidade de Oxford, afirmou que as suas conclusões revelam o fosso entre os objectivos que os países estabeleceram para evitar níveis desastrosos de alterações climáticas e os seus planos reais para continuar a produzir energia com emissões de CO2.
De acordo com a pesquisa da Reuters, Natasha Lutz, co-autora da investigação, da Universidade de Oxford afirmou que a proliferação da ambição “net zero” sem o compromisso de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis realça a necessidade de as entidades determinarem como é que estes objectivos serão alcançados”,
Os governos presentes na cimeira da ONU sobre o clima COP28, no Dubai, estão a debater a possibilidade de chegar a acordo, pela primeira vez, sobre a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis emissores de CO2, a principal causa das alterações climáticas.
Os dados partilhados com a Reuters mostram que 69 dos países produtores de petróleo do mundo, incluindo a Arábia Saudita, os Estados Unidos, a Rússia, a China e os Emirados Árabes Unidos, anfitriões da COP28, se comprometeram a atingir emissões líquidas nulas.
No entanto, apenas três pequenos produtores – Dinamarca, Espanha e França – planearam parar de perfurar, segundo os investigadores. A Dinamarca e a Espanha estão também sozinhas entre os produtores de gás que planeiam uma redução progressiva da produção.
Entre os países com um objectivo de emissões líquidas nulas, mas sem planos para reduzir a produção, contam-se os Emirados Árabes Unidos, que foram fortemente criticados pelos defensores do clima e por alguns legisladores europeus e norte-americanos por terem nomeado o Presidente do Conselho de Administração da empresa petrolífera estatal ADNOC, Sultan al-Jaber, para presidir às negociações da COP28.
A ADNOC planeia expandir a capacidade de produção de petróleo e aumentar a sua produção de gás.
Jim Skea, presidente do painel de ciência climática da ONU, afirmou na segunda-feira, 04 de Dezembro que, até 2050, o uso global de petróleo deve diminuir 60% e o uso de gás 45%, se o mundo quiser evitar que as temperaturas aumentem mais de 1,5 graus Celsius – o limiar a partir do qual as alterações climáticas desencadeariam impactos mais desastrosos e irreversíveis.
Neste cenário, até 2050, Skea disse na cimeira COP28, “a utilização de combustíveis fósseis é muito reduzida”, acrescentando que a utilização de carvão emissor de CO2 é completamente eliminada.
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