
Moçambique e Angola recebem 70 milhões via compacto lusófono
O Banco Africano de Desenvolvimento, BAD, tem disponível 70 milhões de dólares para financiar as pequenas e médias empresas, em Angola e Moçambique, revelou o vice-presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Mateus Magala, em entrevista a Agência LUSA.
A instituição financeira multilateral tem disponível as duas linhas de crédito ao abrigo do Compacto Lusófono, um modelo inovador de financiamento de projetos dos países lusófonos africanos, em áreas como infraestruturas, agricultura, energia, saúde, finanças e indústrias.
“Os projetos de Angola e Moçambique estão entre os mais avançados, tendo já duas linhas de crédito aprovadas recentemente pelo BAD, no valor global de 70 milhões de dólares (58 milhões de euros), para apoiar as Pequenas e Médias Empresas. Os recursos deverão chegar aos destinatários elegíveis, nos dois países, através da banca comercial”, referiu Mateus Magala
“De uma forma geral, foram identificados projetos potenciais estruturantes em todos os países membros dos PALOP’s (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), nas áreas de infraestruturas, agricultura, energia, saúde, finanças e indústrias no montante global de 3 mil milhões de dólares (quase 2,5 mil milhões de euros)”, respondeu o banqueiro, quando questionado sobre os projetos concretos que serão financiados.
O Compacto Lusófono é um modelo inovador de financiamento dos projetos nos países lusófonos africanos, em que Portugal e o BAD desempenham um papel de relevo no financiamento, preparação, acompanhamento e execução dos projetos.
Como forma de mobilizar mais recursos financeiros, o BAD, através do seu sindicato está em busca de outras instituições financeiras para apoiarem projectos do compacto com vista a promover mais investimentos para o continente africano.
Questionado sobre quem financia, na prática, os projetos, Mateus Magal disse à LUSA, que “o BAD é o financiador principal dos projetos do Compacto Lusófono, através dos recursos alocados (disponibilizados) para os países e de alavancagens que faz através de parcerias com outros agentes económicos, incluindo o setor privado”, disse Mateus Magala.
“O BAD, através de sindicato, mobilizará recursos financeiros adicionais de outras instituições financeiras internacionais para financiarem projetos do Compacto; uma plataforma aceleradora é o Fórum de Investimento em África, que junta os investidores ao nível global, com os promotores com projetos estruturantes em África”, trazendo outros parceiros, como “instituições financeiras de desenvolvimento africanas e não africanas como o Banco Europeu de Investimento”, afirmou Mateus Magala.
[popup_anything id=”4505″]