
Margarida Talapa defende consenso e inclusão no parlamento moçambicano
Por ocasião da sua investidura como Presidente da Assembleia da República, Margarida Adamugi Talapa apresentou uma visão ambiciosa para a X Legislatura, destacando a importância de um parlamento dinâmico, inclusivo e respeitador da diversidade de opiniões. Num momento de desafios políticos e sociais, Talapa reafirmou o compromisso de liderar uma casa que priorize o diálogo, o consenso e a defesa dos interesses do povo.
Um Parlamento para todos
Em seu discurso inaugural, proferido perante a Presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, e na presença do Presidente da República, Filipe Nyusi, Margarida Talapa sublinhou que o Parlamento deve ser a expressão máxima da representação do povo. Reconhecendo as diferenças partidárias, enfatizou que essas não devem ser um entrave à busca de soluções que beneficiem a nação.
“Estamos na Casa do Povo em representação do povo. Temos consciência das diferenças e das nossas cores partidárias, mas chegados aqui devemos nos despir dessas diferenças e defender o interesse do povo”, declarou Talapa.
A Presidente expressou o desejo de uma Legislatura marcada pela coesão, onde a maioria dos projetos e propostas de lei sejam aprovados por consenso. A prioridade, segundo Talapa, é que o interesse coletivo prevaleça sobre os interesses isolados de partidos políticos representados na Assembleia. Talapa enfatizou ainda que um Parlamento coeso deve ser capaz de satisfazer os interesses do povo através de consertações entre as bancadas parlamentares, promovendo debates que priorizem o bem-estar da população.
Respeito às diferenças e qualidade do debate
Talapa enfatizou que a pluralidade de opiniões deve ser respeitada e transformada em um catalisador para debates enriquecedores. Para ela, as diferenças não devem comprometer a qualidade das discussões, mas sim fortalecer as deliberações em prol do interesse público.
“Temos a consciência de estarmos a assumir o cargo num momento desafiante do país em que se espera desta Magna Casa um pensar diferente”, afirmou. Nesse sentido, destacou a importância de trabalhar em conjunto com os diversos atores sociais e políticos para pacificar mentes e criar um ambiente propício ao progresso nacional.
A Presidente salientou ainda que a Assembleia da República deve ser uma plataforma de interação e inclusão, onde o respeito pela diversidade do pensamento seja um princípio orientador. Para Talapa, o Parlamento deve transcender interesses partidários e trabalhar pela promoção do bem comum.
Solidariedade às vítimas das manifestações
No encerramento do seu discurso, Margarida Talapa expressou solidariedade às famílias que perderam entes queridos durante as manifestações pós-eleitorais e desejou rápidas melhoras aos feridos em tratamento hospitalar. Esse gesto sublinha a sensibilidade da nova Presidente para com os desafios enfrentados pela sociedade moçambicana e reflete o compromisso de buscar soluções pacíficas e inclusivas.
“Vamos trabalhar com todos os atores e forças vivas da sociedade para pacificar mentes”, afirmou Talapa, reforçando o papel da Assembleia como mediadora de conflitos e promotora da estabilidade social e política.
Uma nova era na história do parlamento
Margarida Talapa torna-se a 6ª Presidente da Assembleia da República, sucedendo Esperança Bias, Verónica Macamo, Eduardo Mulémbwè, Marcelino dos Santos e Samora Machel. Sua eleição representa um marco na história parlamentar do país, e suas palavras sinalizam uma liderança focada em superar desafios e construir consensos.
Com um discurso pautado pela inclusão, diálogo e respeito à diversidade, Margarida Talapa apresenta-se como uma liderança disposta a promover mudanças significativas no Parlamento moçambicano. A promessa de um Parlamento coeso e focado no interesse coletivo é uma esperança renovada para os cidadãos que esperam por políticas eficazes e representativas.
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