Chapo apresenta os resultados dos 100 dias de governação e reforça compromisso com transparência e renovação

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O Presidente da República, Daniel Chapo, apresentou esta segunda-feira, 28 de Abril, em Maputo, o balanço dos primeiros 100 dias de governação, destacando uma taxa de execução de 96% das metas estabelecidas, a superação em 25% dos indicadores e a implementação de medidas com impacto directo na vida das populações. A cerimónia assinalou uma nova etapa na comunicação governamental, com apelo à transparência, à acção responsável e à transformação efectiva do país

Destaques

  • Foram atingidos 92 dos 96 indicadores definidos, com 24 metas superadas em mais de 100%;
  • Anunciados fundos de reabilitação económica, apoio ao empreendedorismo e criação de um banco de desenvolvimento;
  • Lançado o projecto da Cidade Petroquímica Nacional e assinados compromissos políticos para um diálogo nacional inclusivo;
  • Governo denunciou conflitos de interesse na LAM e prometeu reestruturação com enfoque nos interesses nacionais;
  • Estratégia Nacional de Desenvolvimento 2025–2044 e PQG 2025–2029 foram aprovados com apoio multipartidário.

Em cerimónia pública na capital do país, o Presidente Daniel Francisco Chapo apresentou o balanço dos primeiros 100 dias do seu mandato, enfatizando que este ciclo inicial não constitui um fim em si mesmo, mas sim “o início de uma jornada de renovação nacional, pautada por justiça, liberdade e prosperidade”.

De acordo com o Chefe de Estado, o Plano de Acções de Impacto, estruturado com 96 indicadores, atingiu 92 metas (96%), sendo que 24 delas (25%) superaram os objectivos definidos. Para além das metas previstas, o Governo executou 10 acções adicionais, representando um acréscimo de 10% sobre o plano inicial.

“Ainda sem orçamento aprovado, conseguimos fazer omeletes sem ovos”, afirmou o Presidente, numa metáfora para sublinhar os constrangimentos financeiros enfrentados neste período e a determinação governamental em apresentar resultados.

Investimento em sectores essenciais

Entre os destaques, Chapo apontou a realização de 1.177 cirurgias em unidades hospitalares (quase o dobro das previstas), a entrega de 42.952 uniformes de biossegurança, e a distribuição de 12.439.966 livros escolares. A área da educação beneficiou ainda da entrega de 17,2 milhões de refeições escolares e da certificação de 5.636 jovens em cursos técnico-profissionais.

Na área da digitalização e juventude, foram distribuídos 5.000 computadores portáteis e instaladas redes de internet em 100 escolas e 10 praças digitais, como parte da iniciativa Internet para Todos.

Economia, inclusão e reformas institucionais

O Governo mobilizou cerca de 90 milhões de dólares de parceiros como China e Japão e lançou o Fundo de Garantia Mútua, o Fundo de Reabilitação Económica (USD 17 milhões) e uma linha de crédito de 10 mil milhões de Meticais para apoiar as empresas afectadas por desastres naturais e distúrbios pós-eleitorais.

Foi também anunciada a criação do Banco de Desenvolvimento de Moçambique, voltado para projectos estruturantes, e o lançamento do Fundo de Desenvolvimento Económico Local, com enfoque na juventude, mulheres e empreendedorismo distrital.

Gestão pública, combate a interesses instalados e reconciliação

Numa passagem crítica, Chapo denunciou conflitos de interesse na LAM, que inviabilizaram a aquisição de novas aeronaves. “Vamos restruturar e afastar quem for preciso para proteger os interesses do povo”, garantiu.

No plano político, o Presidente destacou a assinatura do Compromisso Político para o Diálogo Nacional Inclusivo, com envolvimento de antigos candidatos presidenciais, incluindo Ossufo Momade, Lutero Simango e Venâncio Mondlane.

Novos projectos estruturantes

Entre os projectos emblemáticos lançados, destacam-se o Projecto da Cidade Petroquímica Nacional, que promete gerar 9.300 empregos, e a inauguração de uma unidade agro-industrial de arroz em Mafambisse. No sector da energia, procedeu-se à electrificação de postos administrativos e ao combate ao contrabando mineiro com novos entrepostos comerciais.

Visão para o futuro

Na recta final do discurso, Chapo declarou: “O futuro do nosso País não está escrito; ele será moldado pelas nossas mãos”. E reafirmou: “Se não formos nós a construirmos Moçambique, ninguém o fará por nós”.

O Presidente terminou com um apelo à união, à ética e ao serviço público com integridade. “Esperamos dos dirigentes resultados diferentes, não palavras repetidas. Só assim conquistaremos a independência económica de Moçambique.”

Com a aprovação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento (ENDE 2025–2044) e do Programa Quinquenal do Governo (PQG 2025–2029), o Governo compromete-se a alinhar as acções futuras com uma visão de longo prazo, inclusiva e multipartidária.

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