Relatório de Avaliação Sectorial de Riscos de Branqueamento de Capitais 2025 Evidencia Vulnerabilidades e Necessidade de Reforço Regulatório

0
178

Questões-Chave

  • Documento analisa riscos de branqueamento de capitais em sectores estratégicos da economia moçambicana;
  • Agricultura, indústria, energia, comércio e serviços financeiros avaliados quanto à exposição a fluxos ilícitos;
  • Serviços financeiros e comércio destacam-se como sectores de maior vulnerabilidade;
  • Relatório aponta fragilidades institucionais, tecnológicas e de coordenação interinstitucional;
  • Recomendações incluem reforço da regulação, monitoria, transparência e cooperação internacional.

O Relatório de Avaliação Sectorial de Riscos de Branqueamento de Capitais 2025 apresenta uma análise aprofundada das vulnerabilidades da economia moçambicana face a fluxos ilícitos, sublinhando a necessidade de medidas mais robustas de regulação, fiscalização e cooperação internacional para mitigar riscos sistémicos.


O documento avalia os principais sectores económicos do país, destacando as áreas de maior exposição ao risco de branqueamento de capitais. O sector financeiro e o comércio foram identificados como particularmente vulneráveis, devido ao volume de transacções, à limitada capacidade de monitorização e ao uso crescente de instrumentos digitais de pagamento.

A agricultura, a indústria e a energia, ainda que menos expostos em termos de transacções financeiras complexas, apresentam riscos ligados à fraca rastreabilidade das cadeias de valor, à circulação informal de capitais e à limitada fiscalização em zonas rurais e fronteiriças.

O relatório destaca ainda fragilidades institucionais, incluindo défices de recursos humanos especializados, limitações tecnológicas e insuficiente coordenação interinstitucional. Estas lacunas comprometem a eficácia das acções de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, num contexto em que a sofisticação das práticas ilícitas tem vindo a aumentar.

Entre as recomendações, o documento sublinha a urgência de reforçar a capacidade das instituições de supervisão, modernizar os mecanismos de reporte e monitoria de transacções financeiras, e promover maior transparência nas operações económicas. Defende igualmente a intensificação da cooperação internacional, em particular no quadro das convenções multilaterais e redes de inteligência financeira.

Em termos gerais, o relatório alerta que a vulnerabilidade a fluxos ilícitos constitui não apenas um risco reputacional, mas também um entrave ao desenvolvimento económico sustentável, à integridade das instituições e à confiança dos investidores.

SUBSCREVA O.ECONÓMICO REPORT
Aceito que a minha informação pessoal seja transferida para MailChimp ( mais informação )
Subscreva O.Económico Report e fique a par do essencial e relevante sobre a dinâmica da economia e das empresas em Moçambique
Não gostamos de spam. O seu endereço de correio electrónico não será vendido ou partilhado com mais ninguém.