
Ouro Ultrapassa Máximos Históricos e Caminha Para Melhor Mês em 16 Anos
- Ouro valorizou 12,3% em Setembro, maior subida mensal desde Novembro de 2009;
- Cotação à vista alcançou US$ 3.870,14 por onça, com futuros a US$ 3.897,80;
- Incerteza sobre “shutdown” nos EUA e expectativa de cortes de juros pela Fed impulsionam procura por refúgios;
- SPDR Gold Trust atinge o nível mais alto em três anos, com 1.011,73 toneladas;
- Prata sobe 18,6% em Setembro, melhor desempenho desde Julho de 2020.
O preço do ouro voltou a atingir um máximo histórico esta terça-feira, consolidando um ganho mensal de mais de 12% e apontando para o melhor desempenho em quase 16 anos, à medida que a incerteza política nos Estados Unidos e as expectativas de cortes adicionais de juros pela Reserva Federal aumentaram a procura pelo metal precioso.
Às 06h34 GMT, o ouro à vista avançava 1% para US$ 3.870,14 por onça, enquanto os futuros de Dezembro subiam 1,1% para US$ 3.897,80. Desde o início de Setembro, o metal já acumulou uma valorização de 12,3%, a maior desde Novembro de 2009.
“O iminente shutdown do governo norte-americano criou uma névoa de incerteza no mercado, acelerando os ganhos do ouro. O nível de US$ 4.000 é agora uma meta viável até ao final do ano”, afirmou Tim Waterer, analista-chefe da KCM Trade.
O cenário de instabilidade nos EUA, agravado pelo impasse político entre o Presidente Donald Trump e os democratas no Congresso, reforça a atracção pelo ouro como activo de refúgio. Paralelamente, os dados macroeconómicos recentes aumentaram a probabilidade de novos cortes de juros, com traders a atribuírem 89% de chance de redução de 25 pontos-base já em Outubro, segundo o FedWatch da CME Group.
Embora o presidente da Fed de St. Louis, Alberto Musalem, tenha admitido abertura para mais cortes, sublinhou a necessidade de manter cautela para continuar a travar a inflação. Ainda assim, um ambiente de taxas mais baixas favorece o ouro, cuja procura dispara em períodos de turbulência política e financeira.
Os fluxos de investimento confirmam essa tendência: o SPDR Gold Trust, maior fundo cotado de ouro do mundo, reportou aumento de 0,60% nas suas reservas, para 1.011,73 toneladas, o nível mais elevado desde Julho de 2022.
A procura estende-se também a outros metais preciosos: a prata subiu 0,3% para US$ 47,08, acumulando 18,6% em Setembro, o melhor mês desde Julho de 2020. O platina avançou 0,5% para US$ 1.609,40 e o paládio ganhou 0,9%, fixando-se em US$ 1.278,62.
Os investidores aguardam agora os dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, incluindo o relatório de emprego de Setembro, cuja divulgação poderá ser adiada em caso de shutdown, acrescentando mais incerteza a um contexto já marcado por volatilidade.
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