
TotalEnergies Projecta Arranque do GNL em Moçambique para 2029
Após quatro anos de suspensão devido à insegurança em Cabo Delgado, a multinacional francesa reafirma o compromisso com o megaprojecto Mozambique LNG, embora adie o inicio da produção para 2029.
Questões-Chave
- O projecto Mozambique LNG, avaliado em cerca de 20 mil milhões de dólares, permanece suspenso desde 2021 sob cláusula de força maior;
- O CEO Patrick Pouyanné afirmou que a produção de gás natural liquefeito deverá iniciar em 2029, dois anos mais tarde do que o previsto anteriormente;
- A decisão depende do levantamento da suspensão, de um plano de desenvolvimento revisto e do reforço da segurança em Cabo Delgado;
- Financiamento internacional e questões de direitos humanos continuam a pesar sobre o avanço do projecto.
A TotalEnergies anunciou que prevê arrancar a produção de gás natural liquefeito (GNL) em Moçambique em 2029, adiando assim o calendário inicialmente definido. O anúncio reforça a aposta da companhia no megaprojecto da Área 1, mas também reflecte os desafios de segurança e de financiamento que continuam a condicionar a execução do empreendimento.
O Presidente Executivo da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, assegurou em declarações à CNBC Africa e à Reuters que o arranque do projecto Mozambique LNG está agora projectado para 2029. A empresa francesa lidera o consórcio responsável pela exploração dos campos Golfinho e Atum, na Bacia do Rovuma, e pela construção de uma unidade de liquefação com capacidade estimada em 13,1 milhões de toneladas por ano.
Desde Abril de 2021, o projecto encontra-se em situação de força maior após os ataques armados em Palma, na província de Cabo Delgado. A multinacional sublinha que a prioridade continua a ser o restabelecimento da segurança, sendo essa a condição para o levantamento da suspensão. O CEO da companhia declarou ao Club of Mozambique que espera ver a força maior levantada “muito rapidamente”, abrindo espaço para a retoma efectiva.
Entretanto, a Ecofin Agency recorda que inicialmente se previa a retoma já em 2025, mas a revisão do calendário empurra a produção para 2029, com impactos significativos no fluxo de receitas fiscais e cambiais para Moçambique.
O investimento total, na ordem dos 20 mil milhões de dólares, depende do engajamento de bancos internacionais, agências de crédito à exportação e investidores institucionais. Fontes da Financial Times e da Reuters assinalam que o consórcio terá de rever o orçamento e negociar novas condições de financiamento para viabilizar o projecto.
Do ponto de vista social e ambiental, a retomada continua a suscitar controvérsia. O Le Monde descreve o empreendimento como “controverso”, sublinhando as críticas relacionadas com deslocamentos populacionais, impacto ambiental e respeito pelos direitos humanos em zonas afectadas pela violência insurgente.
Apesar das incertezas, o anúncio da TotalEnergies é recebido como sinal de confiança no potencial da indústria de gás moçambicana. A expectativa é que, com o reforço da segurança e o alinhamento entre Governo e parceiros internacionais, Moçambique possa tornar-se um dos maiores exportadores mundiais de GNL na próxima década
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