Petróleo Caminha Para a Maior Queda Semanal em Três Meses

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Questões-Chave:
  • Brent recua 8% e WTI 7,4% na semana, apesar de ligeira recuperação nesta sexta-feira;
  • Expectativa de que a OPEP+ aumente a produção até 500.000 barris/dia em Novembro pressiona os preços;
  • Inventários de crude, gasolina e destilados dos EUA aumentam, sinalizando procura enfraquecida;
  • JPMorgan prevê superavit significativo de petróleo no 4.º trimestre de 2025 e em 2026;
  • G7 promete intensificar pressão sobre a Rússia, visado países que continuam a aumentar compras de crude russo.

Após quatro sessões consecutivas de perdas, o preço do petróleo ensaiou uma ligeira recuperação esta sexta-feira. Ainda assim, caminha para a maior queda semanal desde Junho, pressionado por sinais de excesso de oferta e pela possibilidade de a OPEP+ decidir um novo aumento da produção já em Novembro.


O Brent do Mar do Norte subiu 0,7%, para 64,54 dólares por barril, e o WTI avançou 0,7%, para 60,89 dólares, às 05h00 GMT de sexta-feira. Contudo, no acumulado da semana, os dois referenciais recuam 8% e 7,4%, respectivamente.

Fontes citadas pela Reuters adiantam que a OPEP+ poderá anunciar um aumento de produção até 500.000 barris/dia em Novembro — o triplo do acréscimo previsto para Outubro — numa tentativa da Arábia Saudita de recuperar quota de mercado. Analistas sublinham que uma decisão dessa magnitude poderá empurrar os preços para perto do suporte de 58 dólares e, eventualmente, testar mínimos do ano em torno dos 55 dólares.

O enfraquecimento da procura reflete-se igualmente nos dados dos EUA. A Administração de Informação de Energia (EIA) revelou que os inventários de crude, gasolina e destilados aumentaram na última semana, à medida que a actividade de refinação abranda e a procura enfraquece.

Segundo o JPMorgan, Setembro terá marcado um ponto de viragem, com o mercado a entrar em rota para um superavit substancial no último trimestre de 2025 e ao longo de 2026.

No plano geopolítico, os ministros das Finanças do G7 anunciaram novas medidas para reforçar a pressão sobre a Rússia, incidindo sobre países e empresas que continuam a elevar as importações de petróleo russo, numa tentativa de limitar as receitas de Moscovo.

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