
Petróleo Sobe à Medida que Se Dissipam Temores de Excesso de Oferta Após Decisão da OPEP+
Decisão do cartel de restringir o aumento de produção para Novembro sustenta os preços, enquanto os investidores aguardam dados sobre os inventários norte-americanos.
- A OPEP+ optou por um acréscimo limitado de apenas 137 mil barris por dia, o mais baixo entre as opções discutidas;
- O Brent avançou 0,7%, para 65,93 dólares por barril, e o WTI subiu 0,8%, para 62,24 dólares;
- Analistas da LSEG e do ANZ consideram que o mercado se encontra num “limbo de preços”, dividido entre receios de excesso de oferta e sinais de moderação produtiva;
- Previsões da EIA apontam para que a produção norte-americana atinja um recorde histórico ainda em 2025.
Os preços do petróleo voltaram a subir na quarta-feira, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) anunciarem uma contenção no aumento da produção, atenuando as preocupações de um possível excesso de oferta no mercado global.
O Brent fechou a sessão com um ganho de 0,7%, atingindo 65,93 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) avançou 0,8%, para 62,24 dólares. O movimento ocorre depois de a OPEP+ decidir restringir o aumento da produção a 137 mil barris por dia em Novembro — a menor variação entre as alternativas debatidas durante o fim-de-semana.
Segundo Emril Jamil, analista sénior da LSEG Oil Research, o mercado encontra-se “num limbo de preços”, dividido entre o receio de um eventual excesso de oferta e a percepção de que o aumento de produção será mais contido do que o inicialmente previsto. Alguns investidores mantêm posições longas, apostando que os esforços para limitar os fluxos de crude russo poderão continuar a sustentar os preços.
Os analistas do ANZ reforçam que, enquanto o mercado físico não demonstrar sinais claros de abrandamento — nomeadamente através do aumento dos inventários —, os investidores tenderão a desvalorizar o impacto imediato das elevações de produção.
Contudo, os ganhos permanecem limitados, à medida que as preocupações sobre uma interrupção das exportações russas diminuem. Nos últimos quatro meses, os embarques de crude provenientes da Rússia mantiveram-se próximos de um máximo de 16 meses, o que contribui para equilibrar a oferta global.
Nos Estados Unidos, os dados preliminares do American Petroleum Institute (API) indicam um aumento de 2,78 milhões de barris nos inventários de crude na semana terminada a 3 de Outubro, contrastando com uma queda nas reservas de gasolina e destilados. A Energy Information Administration (EIA) deverá divulgar números oficiais até ao final da semana.
Em paralelo, a EIA revelou que a produção petrolífera norte-americana deverá alcançar este ano um recorde histórico superior ao estimado anteriormente, ampliando o impacto dos Estados Unidos sobre a dinâmica do mercado energético global.
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