Governo Quer Transformar o Sector de Seguros Num Pilar de Crescimento e Confiança Económica

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A proposta de revisão do Regime Jurídico dos Seguros, apresentada pela Ministra das Finanças, Carla Loveira, marca um passo decisivo na modernização do sistema financeiro moçambicano, reforçando a supervisão, a transparência e a protecção dos consumidores, e posicionando o sector como motor de estabilidade e investimento.

Questões-Chave:
  • O Governo apresentou à Assembleia da República a proposta de lei que autoriza a revisão do Regime Jurídico dos Seguros;
  • A Ministra das Finanças, Carla Loveira, defendeu que a reforma visa transformar o sector num instrumento de confiança, estabilidade e crescimento económico;
  • O mercado segurador registou um crescimento de 11,5% em 2024, confirmando o seu potencial de expansão e de contributo para a resiliência económica;
  • A nova lei reforça a supervisão independente, a transparência na governação e a protecção do consumidor, alinhando Moçambique com as boas práticas internacionais da IAIS e da SADC.

O Governo de Moçambique deu início a uma das mais relevantes reformas do sistema financeiro nacional dos últimos anos. A proposta de revisão do Regime Jurídico dos Seguros, apresentada pela Ministra das Finanças, Carla Loveira, à Assembleia da República, pretende transformar o sector segurador num pilar de confiança e crescimento económico, capaz de proteger os cidadãos, atrair investimento e apoiar o desenvolvimento sustentável do país.

Um Novo Pilar Para a Economia Nacional

O sector segurador é hoje reconhecido como um dos vetores emergentes da economia moçambicana, com impacto directo na estabilidade financeira e na mobilização de poupanças internas.

De acordo com dados do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM), o mercado registou um crescimento de 11,5 % em 2024, confirmando a sua trajectória ascendente e a crescente importância para a mitigação de riscos económicos e sociais.

“Queremos um sector de seguros moderno, transparente e forte — que proteja as famílias, os investidores e as empresas, e que contribua para o crescimento sustentável do nosso país”, afirmou Carla Loveira durante a apresentação da proposta legislativa.

A reforma agora em curso insere-se na estratégia de modernização do sistema financeiro, colocando o mercado de seguros ao lado da banca e dos fundos de pensões como um dos motores de longo prazo da economia.

Transparência, Solvência e Boa Governação em Foco

A revisão do regime jurídico introduz novas regras de governação corporativa, solvência e conduta de mercado, reforçando a idoneidade e a competência dos gestores e accionistas das seguradoras.

A ministra sublinhou que “a boa governação e a transparência são indispensáveis à estabilidade e credibilidade do sistema financeiro”, acrescentando que a nova lei procura assegurar equilíbrio entre o crescimento do mercado e a protecção dos consumidores.

A proposta cria igualmente um quadro legal mais robusto para a mediação e supervisão de seguros, garantindo uma relação mais equilibrada entre as companhias, os mediadores e os segurados.

Supervisão Independente e Regras Claras Para o Mercado

Um dos elementos estruturantes da reforma é a separação clara entre a função de supervisão e a actividade seguradora, reforçando a independência do ISSM como autoridade reguladora.

O novo enquadramento legal garante que o Estado actue como regulador imparcial e promotor da estabilidade, enquanto as empresas mantêm a autonomia necessária para inovar e competir.

“A separação entre supervisão e operação é um marco essencial para assegurar um mercado justo, competitivo e credível”, destacou a Ministra das Finanças.

Alinhamento com Padrões Internacionais e Oportunidades de Expansão

A revisão do regime jurídico coloca Moçambique em linha com as boas práticas internacionais definidas pela Associação Internacional de Supervisores de Seguros (IAIS) e pela SADC, promovendo maior integração regional e acesso a novas oportunidades de investimento.

O objectivo é tornar o sector segurador mais competitivo e atractivo, tanto para operadores nacionais como para investidores estrangeiros, criando condições para expandir produtos de cobertura em áreas estratégicas como agricultura, energia, transporte e pequenas e médias empresas.

A ministra concluiu que esta reforma “é mais do que uma actualização legal — é uma aposta no futuro, na confiança dos cidadãos e na construção de uma economia mais resiliente e inclusiva”.

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