Adiada a entrada em operação da Central Térmica de Gás de Temane
A Central Térmica de Temane, projectada pela Globeleq Inc. para reforçar o fornecimento de energia eléctrica em Moçambique, foi adiada para o segundo trimestre de 2025. O atraso deve-se a eventos climáticos extremos que afectaram a região, destacando os desafios de infra-estruturas em países vulneráveis a desastres naturais.
Inicialmente previsto para iniciar a produção em 2024, o projecto de 450 megawatts foi afectado pelo ciclone Freddy no início do ano passado e pela tempestade tropical Filipo em Março deste ano. Estas intempéries causaram destruição de estradas, deslocação de milhares de pessoas e atrasos significativos na construção da usina. Em resposta, a Globeleq confirmou que o comissionamento será adiado, prevendo-se a sua conclusão no segundo trimestre do próximo ano.
Impacto e relevância do projecto
A Central Térmica de Temane foi concebida para responder às necessidades de cerca de 800 mil consumidores moçambicanos, num país onde apenas um terço da população tem acesso à electricidade. Este projecto é considerado um marco no continente africano, onde a conclusão de centrais eléctricas de gás natural tem sido rara.
A usina é parte de um programa mais abrangente, que inclui o desenvolvimento de gás e redes regionais. Este esforço deverá mobilizar mais de 2 mil milhões de dólares em investimentos, contando com o envolvimento de instituições como a International Finance Corporation, a US International Development Finance Corporation e o Fundo da OPEP para o Desenvolvimento Internacional. O financiamento da usina, avaliada em 652 milhões de dólares, foi garantido em 2021, com a construção iniciada em Janeiro de 2022.
Parcerias e perspectivas futuras
O projecto é liderado pela Globeleq, em parceria com a estatal Electricidade de Moçambique e a Sasol Ltd. A British International Investment detém 70% da Globeleq, enquanto o fundo norueguês Norfund possui os restantes 30%. A implementação do projecto reforça os esforços de Moçambique para industrializar a sua economia utilizando os seus recursos naturais, como o gás.
Embora o atraso represente um contratempo significativo, a conclusão deste projecto é vista como um potencial sucesso para a expansão da electrificação no país e uma demonstração do compromisso internacional com o desenvolvimento sustentável em Moçambique.
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