AIMO Defende Nova Era de Industrialização Sustentada e Protagonismo dos Industriais Nacionais

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Questões-Chave:
  • Nova liderança da AIMO propõe reforçar coesão associativa e diálogo construtivo;
  • Competitividade, certificação e integração em cadeias de valor como eixos centrais;
  • Reduzir importações e transformar localmente matérias-primas para gerar mais emprego;
  • Três projectos-âncora: Inteligência Industrial, Agência de Desenvolvimento Industrial e Acreditação Industrial;
  • Parcerias e cooperação internacional devem alinhar-se com a estratégia industrial nacional.

Ao assumir a presidência da Associação Industrial de Moçambique (AIMO), Paulo Chibanga apresenta uma agenda ambiciosa para transformar o potencial industrial do país em realidade económica tangível. A nova liderança quer uma indústria forte, competitiva e integrada nas cadeias de valor nacionais e internacionais, sustentada por políticas consistentes, certificação, inovação e maior protagonismo empresarial.

Para Paulo Chibanga, liderar a AIMO neste momento “é uma honra e um privilégio”, mas também uma oportunidade única para influenciar o rumo da industrialização de Moçambique. Após cinco anos na estrutura directiva da associação, o novo presidente defende que a sua liderança será pautada por coesão associativa, diálogo construtivo e implementação de uma estratégia industrial concebida há cerca de uma década, mas ainda por concretizar integralmente.

Os eixos estratégicos que orientam o mandato incluem o fortalecimento da competitividade, a integração das empresas — de todos os portes — nas cadeias de valor, sobretudo as ligadas a grandes projectos, e a capacitação e certificação para responder às exigências do mercado global. “A certificação e a qualificação são chaves para que as empresas moçambicanas participem nos grandes projectos”, sublinha.

Chibanga considera que o país deve reduzir a dependência das importações e investir na transformação local das matérias-primas, não apenas para exportação, mas para gerar mais valor agregado e criar emprego. Para isso, propõe um ecossistema industrial robusto, apoiado por tecnologia, inovação e mão-de-obra qualificada.

No plano institucional, reconhece que ainda há um longo caminho a percorrer para maturar o ecossistema industrial, mas acredita que cada barreira esconde uma “oportunidade gigante” — desde que exista coordenação e alinhamento entre os sectores público e privado.

O conteúdo local surge como uma dessas oportunidades. Para Chibanga, é fundamental que a agenda de conteúdo local vá além dos sectores extractivo e energético, abrangendo toda a indústria nacional. Neste contexto, destaca o papel da AIMO na qualificação e certificação das empresas, com o “Projecto de Acreditação Industrial” como uma das iniciativas-chave.

A cooperação internacional e as parcerias público-privadas, afirma, têm papel determinante desde que estejam alinhadas à estratégia industrial nacional e orientadas para projectos estruturantes e de longo prazo.

A nova liderança já delineou três projectos-âncora:

  1. Inteligência Industrial, para criar uma base de dados e diagnóstico completo do sector;
  2. Agência de Desenvolvimento Industrial, focada na capacitação, certificação e apoio ao financiamento das micro, pequenas e médias indústrias;
  3. Acreditação Industrial, para assegurar padrões internacionais de qualidade e competitividade.

O apelo de Paulo Chibanga aos industriais é directo: “Preparem-se, tomem protagonismo, apostem na inovação, na tecnologia e nas competências técnicas.” O legado que ambiciona deixar no final do mandato é uma AIMO “forte, resiliente e influente” na definição de políticas e reformas económicas.

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