
Banco Mundial confirma colapso económico na África Subsaariana devido a pandemia da Covid-19
Ganhos económicos das últimas décadas são dados por perdidos fazendo regressar a pobreza extrema milhões de pessoas.
O Banco Mundial confirmou os indícios de grave crise económica na África Subsariana ao revelar que a região foi “duramente atingida pela pandemia COVID-19 e a actividade económica entrou em colapso na primeira metade deste ano”. Com efeito, os dados do Banco Mundial indicam que a actividade económica na região registará uma contracção de 2,8% em 2020, a mais profunda de que há na memória. Prevê-se que o PIB per capita caia ainda mais abruptamente, lançando provavelmente de novo milhões em extrema pobreza.
No seu mais recente relatório sobre as perspectivas económicas mundiais, a organização confirma que a pandemia teve efeitos gravíssimos em termos humanos e económicos, causando a mais profunda perturbação na actividade económica de toda a região alguma vez conhecida.
O Banco Mundial faz notar que a África Subsariana sofreu particularmente por tabela devido ao impacto da pandemia nos seus principais parceiros comerciais, da interrupção das viagens mundiais e das cadeias de abastecimento e da queda dos preços globais das matérias-primas, em particular do petróleo e metais industriais. Estes choques, segundo o Banco Mundial, aumentaram a aversão ao risco entre os investidores e estimulou saídas de capital sem precedentes, ao que veio se juntar ao agravamento da inflação, reflectindo as depreciações monetárias e a convulsão nas cadeias de abastecimento.
Embora muitos países tenham anunciado medidas de apoio orçamental, em várias circunstâncias estas envolveram a redefinição de prioridades dos orçamentos existentes face aos constrangimentos orçamentais, afirma a instituição, é recomendável a suspensão de alguns pagamentos da dívida.
Retoma provável em 2021 na ordem de 3,1%
A retoma do crescimento para 3,1% poderá acontecer em 2021, no pressuposto que a pandemia se dissipe na segunda metade do ano, que os surtos domésticos do vírus sigam um percurso semelhante e que o crescimento dos principais parceiros comerciais da região se recupere.
O Grupo Banco Mundial, uma das maiores fontes de financiamento para os países em desenvolvimento, está a implementar aquilo que classificam de uma “acção ampla e rápida para ajudar os países em desenvolvimento a reforçarem as suas respostas à pandemia”.
– “ Estamos a apoiar intervenções de saúde pública, e a trabalhar para garantir o fluxo de abastecimentos e equipamentos críticos e a ajudar o sector privado a continuar a funcionar e a manter os empregos. Vamos mobilizar até USD 160 000 milhões em apoios financeiros durante os próximos 15 meses para ajudar mais de 100 países a proteger os pobres e vulneráveis, apoiar as empresas e fomentar a recuperação económica. Esta quantia inclui USD 50 000 milhões de novos recursos da IDA sob a forma de subvenções e empréstimos em termos altamente concessionais”, refere o Banco Mundial.
 
                			
                                        			

















