
BE LIKE WOMAN: Mulheres discutem ‘PROPÓSITO E BEM-ESTAR’ com perspectiva de sua valorização em liderança nos negócios
- Ernest Young e New faces, New voices Moçambique promovem sessões de masterclass para a discussão sobre da liderança da mulher nas organizações. Nestas sessões mulheres que ocupam posição intermédia de liderança nas organizações, empresariais de média dimensão beneficiam de um programa de capacitação, onde têm a oportunidade de formação com especialistas e altos executivos nacionais.
O papel da mulher nas organizações ainda é muito discutido, chegando a ser discriminada quando faz algum tipo de trabalho. É que muitas vezes e, de forma errada, pensa-se em trabalhos para homens e para mulheres. A Ernest Young e New faces New voices, procuram quebrar estes preconceitos, mostrando à sociedade como é que a mulher pode fazer diferente nas organizações e promover o desenvolvimento económico.
“Uma das coisas que fazemos no Be like woman é que também para além delas terem acesso a estes especialistas e altos executivos, também é lhes dada a oportunidade de poderem ter contacto com grades procurações que estão a trabalhar para ajudar a construir este mundo de negócios e mais inclusivo que é o que nós pretendemos com Be like woman, por isso estamos aqui no porto de Maputo onde temos oportunidade de interagir com vários participantes sobre um tema que é muito importante na gestão”. Disse Glayds Gande, Senior manager da Ernest Young.
A liderança das equipas está relacionada também ao propósito e bem-estar, segundo os organizadores. O O.Económico procurou entender a relação entre o Propósito e Bem-estar nas organizações, ao que a senior manager respondeu:
“É simples um trabalhador que não tem bem-estar ou que não se sente bem desde questão física, questão mental, questão emocional com o nível de desempenho dele, a forma como ele vai fazer o seu trabalho e não há de ser bom e ter um nível de compromisso com a organização, também não há de ser dos melhores.
Facilmente pode se perder esse colaborador ou para concorrência, ou vai estar ali na empresa, mas não vai estar a entregar como deve ser. Daí que é importante que as organizações pensem em modelos que cuidem dos seus colaboradores e ao mesmo tempo permitem que eles consigam crescer e usar as diferentes habilidades que eles têm para poder contribuir para o modelo de negócio da empresa.
Daí que entra o tema de propósito, em que o colaborador deixa de ser apenas um funcionário da instituição, mas torna-se também um parceiro desta entidade, onde ele, junto com os responsáveis da entidade, conseguem criar soluções para a empresa e também para a comunidade de que fazem parte”. Explicou.
O programa visa igualmente criar um ambiente de negócio que promova a inclusão financeira das mulheres e explica a Directora da New faces New voices Moçambique, Henriqueta Hunguane, uma organização que faz parte do projecto Graça Machel Trust, cujo objectivo fundamental é aumentar a inclusão financeira da mulher.
“Para além de trabalharmos com instituições financeiras no sentido de elas desenharem produtos que estão alinhados com aquilo que são as necessidades e o perfil da mulher, também temos o objectivo de aumentar o número e a visibilidade das mulheres no sector financeiro. E é nesta sequência que nós, em parceria com o Ernest Young, estamos a implementar o Programa Be like woman, que tem como principal objectivo aumentar os quilos de liderança das Mulheres.
Para Henriqueta Hunguane, o estilo de liderança entre homens e mulheres é apenas diferente, daí que a mulher dever manter a sua condição, agindo como mulher.
“Infelizmente, no sector privado, a liderança das mulheres ainda é muito limitada. E é engraçado se nós olharmos para o nosso Governo. Se olharmos para o Parlamento, nós temos uma boa representatividade das mulheres. No sector privado ainda temos um longo caminho a percorrer e é por isso que este programa é basicamente virado para o sector privado”.
Hoje em dia, há também debastes sobre a questão da maternidade, sem contar as outras particularidades que dizem respeito à intimidade da mulher. Por conta disso, ela encontra constrangimentos que atrapalham a sua inserção no ambiente de trabalho. Convidada a dar um comentário, Henriquenta Hunguana disse:
– “A questão é a seguinte: nós mulheres profissionais, também somos mulheres. Não deixamos de ser mulheres por sermos profissionais. Temos também as nossas responsabilidades a nível doméstico, o que é importante sempre encontrar um balanço entre os dois. Não é o facto de eu ser uma profissional que devo deixar de executar as minhas tarefas domésticas […] então, o que é preciso é que ambos os lados respeitem isso. Não é o que nós temos feito, apesar de que não é tanto a nossa responsabilidade de entrar a este nível. Mas o que nós tentamos convencer é – está provado por vários estudos feitos a nível internacional – que uma organização que tem um balanço em termos de género e em termos de raça, idade e etc. é mais rentável. Então o que nós estamos a tentar fazer é provar que isto é um facto e para que isso seja alcançado e, portanto, para que haja mais mulheres em posições de direcção e de liderança, é importante que os gestores, homens e mulheres reconheçam que a mulher tem de vez em quando um filho e que vai ter que cuidar dele ou que não lhe tira a responsabilidade a nível empresarial ou a nível profissional”. afirma
Osório Lucas é CEO do MPDC, é um líder que acredita nas organizações com equilíbrio de género na liderança, desde que haja competência profissional.
Falando da experiência da empresa que dirige, o Director Executivo do MPDC, mostrou como houve crescimento com o envolvimento das mulheres em postos de liderança, desde as operações, finanças, manutenção, entre outras.
Para Osório Lucas, muitas vezes, as mulheres são obstáculos de si próprias nas organizações e aconselhou para que elas façam um jogo colectivo para o seu desenvolvimento.
“Primeiro é possível. Segundo, que o mundo lhes pertence e que elas têm que se unir. Tem que lutar por uma causa, que é a causa da afirmação da mulher, mas que isso se faz primeiro com vitórias individuais e que se elas se concentrarem e concentrarem as suas energias nas causas em que elas acreditam, elas vão acabar conseguindo, seja por elas ou pelas filhas, ou para inspirar outras mulheres também”.
Dando exemplos, Osório Lucas mostrou como o sector de Operações melhorou significativamente com a colocação de uma mulher na liderança.
“Quando há propósito e foco o impossível é apenas possível”. Diz Osório Lucas
É nesta frase que se resume a experiência partilhada com as mulheres empreendedoras.
O Director Executivo do MPDC acredita que às mulheres podem conquistar o seu espaço, inspirando-se umas às outras.
“É possível inspirar se um bocado na história para acreditarem que, afinal, não há impossíveis, porque elas têm talento e têm capacidade. Tudo o que elas precisam é de um bocado mais de união e foco nos seus propósitos”. disse
Osório Lucas diz que foram dados passos significativos na inclusão da mulher em posições de liderança, mas ainda há que fazer mais.
“E eu compreendo que as mulheres tenham perdido muito tempo e tenham muita ansiedade em conquistar o seu espaço. Mas os sinais que eu tenho são bastante positivos. Hoje há várias empresas que têm uma mulher como chairman e hoje temos mulheres em posições de topo e mulheres com muita influência sobre o ambiente empresarial. Mesmo aqui em Moçambique, podem fazer um levantamento estatístico, são capazes de ficar um bocado surpreendidos [..] agora que há muito caminho para percorrer, que elas têm que lutar para fazer esse caminho”. concluiu
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