Brasil revê objectivos climáticos para reduzir as emissões em 53% até 2030
O Brasil anunciou esta semana novas metas climáticas revistas, esta semana, com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçando uma promessa anterior feita por seu antecessor Jair Bolsonaro, disseram à Reuters autoridades do governo com conhecimento do assunto.
O país vai instituir um limite anual de 1,32 gigatoneladas de emissões de gases com efeito de estufa até 2025, equivalente a uma redução de 50% em relação a 2005, disse um segundo funcionário brasileiro.
O Brasil pretende limitar as emissões de 2030 a 1,20 gigatoneladas de gases de efeito estufa, uma redução de 53% em relação a 2005, disse a fonte. Os novos objectivos do Brasil em matéria de alterações climáticas seriam mais ambiciosos do que os dos Estados Unidos, que se comprometeram a reduzir as emissões em 50-52% até 2030, também em relação a 2005.
Segundo fontes, as emissões em gigatoneladas traria clareza e colocaria a nova meta em pé de igualdade com a meta original do Brasil de 2015, antes de Bolsonaro estabelecer novas metas.
“Os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por cerca de metade de todo o carbono emitido para a atmosfera. Nós, países em desenvolvimento, não queremos repetir esse modelo.”
Cerca de metade das emissões de gases com efeito de estufa do Brasil provêm da desflorestação e de outros usos do solo.
Pouco depois de quase 200 países terem assinado o Acordo de Paris de 2015 sobre as alterações climáticas, o Brasil comprometeu-se a reduzir as suas emissões em 43% até 2030, em comparação com os níveis de 2005.
Bolsonaro, enfrentando a pressão internacional sobre o aumento da desflorestação, aumentou esse valor para 50% – mas o seu governo também aumentou a linha de base de 2005 para que a nova promessa fosse mais fácil de cumprir do que a antiga meta.
Em Maio, fontes disseram à Reuters que o governo tencionava rever a meta da era Bolsonaro, enquanto Lula disse em Junho que o país iria fazer as “correcções necessárias”, sem dar pormenores.
