Confiança empresarial inicia o ano em queda

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Após ligeira recuperação no quarto trimestre de 2020, o indicador do clima económico – ICE, iniciou o ano de 2021 em queda, de um saldo mensal de 90,5 pontos, em Dezembro, para 89,4 pontos em Janeiro, abaixo da média da respectiva série temporal, apontam dados do Instituto Nacional de Estatística – INE.

A deterioração do clima económico deveu-se, essencialmente, “ao mau andamento nas actividades económicas de produção industrial, de transportes, bem como de alojamento, restauração e similares”. Paralelamente, as áreas de outros serviços não financeiros e de construção registaram avaliações positivas, num ambiente em que houve manutenção no sector de comércio.

Outrossim, as perspectivas de emprego e da procura registaram uma queda no período de referência.  “ O indicador da perspectiva da procura registou uma queda ligeira no mês de Janeiro, facto que constituiu um interrupção duma tendência ascendente de 6 meses”, enquanto que “o indicador da perspectiva de emprego voltou a diminuir de forma ligeira pelo segundo mês consecutivo”, escreve o INE.

Relativamente as expectativas de preços, os dados do INE indicam para uma ligeira redução, após um longo perfil ascendente, tendo o respectivo saldo se situado abaixo da média da sua série cronológica. Essa tendência deveu-se à opinião deflacionista sobre o indicador nos sectores da produção industrial, de comércio, de alojamento, bem como dos outros serviços não financeiros, suplantando as opiniões inflacionistas dos preços futuros previstos pelos agentes económicos dos sectores de construção e de transportes.

 

Aumentam empresas com constrangimentos

A Autoridade Estatística Nacional avança que, em média, 54% das empresas inquiridas enfrentaram algum obstáculo no início do ano, representando um aumento de 3% de empresas em dificuldades face a Dezembro de 2020.

Esta subida foi influenciada pelo aumento da proporção de empresas com obstáculos –  em termos de baixa procura, a falta de acesso ao crédito, a concorrência e outros factores não especificados – nos sectores de alojamento e restauração, de comércio e dos outros serviços não financeiros. As informações avançadas indicam que, os sectores de alojamento e restauração, transportes, da produção industrial, de comércio e dos outros serviços não financeiros viram mais de 50% das suas empresas serem afectadas por algum obstáculo no desempenho normal da sua actividade.

 

 

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