É um tema que reúne consenso quanto a faculdade de se constituir como um dos principais mecanismos de maximização das oportunidades decorrentes da implementação dos chamados mega projectos em Mocambique

O tema ganhou, ao longo dos tempos, efectivamente, diferentes entendimentos conforme geografias, entre outros detalhes. É verdade que com o advento dos projectos do LNGem Moçambique, o “Conteúdo Local”, CL, como tema ou conceito, ganhou uma certa visibilidade e há, nesse sentido, uma série de iniciativas visando incrementar a sua adopção e prática. Um desses desenvolvimentos institucionais foi a criação da Associação do Conteúdo Local de Moçambique, ACLM.

Não obstante algumas variações de interpretação nos diferentes círculos, a inexistência ainda de uma lei especifica, conhecidas as dificuldades de implementação efectiva e ineficiente fiscalização das leis,  e a realidade empresarial nacional, caracterizada pelo seu fraco desenvolvimento e especialização,  a verdade é que tema CL, constitui pomo de concórdia quanto a sua pertinência e nele está depositado a esperança da chegada do impulso necessário para a transformação do tecido industrial moçambicano de pequena e media dimensão.

Ciente desta circunstância, do lado do sector empresarial, particularmente, notam-se esforços para uma melhor organização, visando melhor aproveitamento das oportunidades. A ideia geral é mesmo a de maximizar as oportunidades e fomentar o desenvolvimento do tecido empresarial nacional na sequência da implementação dos megaprojectos, sobretudo aqueles na indústria extrativa, embora o conceito de CL transcenda o sector energético ou o sector extractivo.

O Presidente da Associação Moçambicana de Conteúdo Local, ACLM, Elthon Tchemane, disse em entrevista ao O.Económico, que o CL tem sido  “”uma designação muito sexy” sobre o qual “toda gente fala, mas muito pouco se compreende” e a sua organização surge justamente para se constituir numa entidade que “perceba da matéria, que se proponha a discutir situações e não problemas, que promova conteúdo local perante os projectos da indústria extractiva e não só, não restritos ao petróleo e o gás, e daí a necessidade de se criar a ACLM que se propõe a ser um interface e servir de ponte entre os operadores da indústria extractiva, o governo e o sector privado que é a camada empresarial”.

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