
Dólar em terreno frágil perante apostas de corte de juros da Fed em Setembro
O dólar norte-americano voltou a perder fôlego nos mercados cambiais, pressionado pelas crescentes expectativas de um corte de juros pela Reserva Federal em Setembro e pela escalada da campanha de Donald Trump para assumir maior controlo sobre a política monetária.
A moeda dos Estados Unidos revelou fragilidade face às principais divisas, à medida que os investidores reforçam as apostas de que a Reserva Federal poderá decidir, já no próximo mês, uma redução da taxa directora. O sinal foi dado por John Williams, presidente da Fed de Nova Iorque, que considerou a reunião de Setembro como “em aberto” para um corte de juros, reacendendo a convicção dos mercados de que a autoridade monetária norte-americana poderá aliviar a política monetária.
A ofensiva política do Presidente Donald Trump acrescentou nova pressão sobre o dólar. Trump intensificou os esforços para influenciar as decisões da Fed, tentando afastar a governadora Lisa Cook e substituí-la por um aliado da sua confiança. O movimento é visto pelos analistas como um factor adicional de incerteza sobre a independência da política monetária dos Estados Unidos.
Apesar do cenário europeu se manter volátil, com o primeiro-ministro francês a convocar inesperadamente um voto de confiança que pode derrubar o seu governo minoritário, o euro mostrou resiliência, cotando-se a 1,1640 dólares. O índice do dólar, que mede a evolução da moeda face a seis pares de referência, estabilizou em 98,145 pontos, depois de duas sessões consecutivas de perdas.
Nos restantes cruzamentos cambiais, a libra esterlina valorizou ligeiramente para 1,3505 dólares, enquanto o dólar desvalorizou 0,14% face ao franco suíço (0,8015) e caiu 0,19% perante o iene japonês (147,11).
O ambiente de incerteza estendeu-se ainda às relações comerciais EUA-Japão, após o chefe da negociação comercial japonesa, Ryosei Akazawa, ter cancelado à última hora uma deslocação a Washington. A visita deveria servir para oficializar os detalhes do pacote de investimento japonês de 550 mil milhões de dólares nos Estados Unidos, no quadro de um acordo tarifário. O adiamento deixou suspensa a concretização de um dos maiores compromissos bilaterais recentes.
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