Dólar Reforça Estabilidade Após Powell Reiterar Cautela Sobre Novos Cortes De Taxas

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Questões-Chave

  • Jerome Powell reafirmou postura prudente, sublinhando riscos de flexibilização prematura;
  • Dólar recupera após atingir mínimos em quase uma semana, apoiado por expectativa de novos cortes graduais;
  • Euro e libra registam ligeiras quedas, enquanto dólar australiano sobe com inflação acima do esperado;
  • Banco do Japão mantém política inalterada, mas sinais hawkish alimentam especulação sobre futuras subidas de taxas;
  • Nova Zelândia nomeia Anna Breman como primeira mulher governadora do banco central.

O dólar norte-americano estabilizou esta quarta-feira, 24 de Setembro, em Tóquio, após declarações cautelosas do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que voltou a frisar a necessidade de equilíbrio entre inflação e mercado de trabalho, mantendo vivas as apostas do mercado em novos cortes graduais das taxas de juro até ao final do ano.

O índice do dólar, que mede a divisa face a seis principais rivais, subiu 0,1% para 97,361, recuperando ligeiramente de duas sessões consecutivas de perdas que haviam levado a moeda ao nível mais baixo desde 18 de Setembro. A recuperação segue-se à conferência de imprensa de Powell, que ficou aquém das expectativas mais dovish, após um recente enfraquecimento do mercado laboral norte-americano.

“Powell reconheceu a ausência de opções políticas sem risco, alertando que uma flexibilização prematura poderia consolidar a inflação, enquanto uma restrição excessiva poderia comprometer as perspectivas de emprego”, explicou James Kniveton, negociador sénior de câmbio da Convera.

O dólar valorizou ainda 0,2% para 147,88 ienes, enquanto o euro caiu 0,1% para 1,1800 dólares e a libra esterlina recuou 0,1% para 1,3510 dólares. O dólar australiano ganhou 0,3% e fixou-se em 0,6620 dólares, após o índice de preços ao consumidor ter registado uma subida de 3% em Agosto, acima das previsões e do valor de Julho (2,8%). Já o dólar neozelandês manteve-se estável em 0,5858 dólares.

No Japão, embora o Banco Central tenha mantido a política inalterada na semana passada, analistas interpretam sinais hawkish recentes como indício de uma possível subida de taxas mais cedo do que o previsto. Paralelamente, a corrida à liderança do Partido Liberal Democrático trouxe comentários sobre os impactos das taxas na economia, com a candidata Sanae Takaichi a admitir riscos para hipotecas e investimento corporativo caso haja subida dos custos de crédito.

Na Nova Zelândia, a Ministra das Finanças, Nicola Willis, anunciou a nomeação da sueca Anna Breman como próxima governadora do Banco Central, tornando-se a primeira mulher a assumir o cargo a partir de 1 de Dezembro.

Apesar da recuperação pontual, os mercados continuam a projectar dois cortes adicionais de 0,25% nas taxas da Reserva Federal ainda este ano, com outra redução esperada no primeiro trimestre de 2026, alinhando-se com as projecções da instituição.

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