
Eni procura parceria para produção de biocombustíveis
A ENI Rovuma Basin está em busca de parceiro para a construção, em Moçambique, de um complexo agro-industrial para a extracção de bio- óleo de diferentes insumos agrícolas e uma planta para a produção de carvão ecológico, como subproduto.
Para o efeito, a multinacional italiana lançou recentemente, um concurso público internacional visando a contratação de empresas para a prestação de serviços de engenharia, aquisição, transporte, construção, instalação, comissionamento, arranque e testes de desempenho das referidas plantas.
Numa nota consultada pelo “Notícias”, a que o O.Económico está a citar, a Eni não quantifica os custos envolvidos, contudo, refere que a planta de extracção de óleo, deverá ser executada ainda este ano, enquanto a de carvão ecológico só será concluída em 2024.
Presente em Moçambique desde 2006, a Eni descobriu entre 2011 e 2014 recursos gigantesco de gás natural na Bacia do Rovuma, nos reservatórios Coral, Complexo Mamba e Agulha, com cerca de 2400 biliões de metros cúbicos de gás.
Neste momento, também detém direitos de exploração dos blocos offshore A5-B, Z5-C e Z5-D nas bacias de Angoche e Zambeze.
Em Fevereiro do ano passa do, a Eni e o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural da República de Moçambique (MADER) celebraram um acordo de cooperação e desenvolvimento de projectos agrícolas no pais, com o objectivo de produzir sementes oleaginosas e bio-óleos que serão usados como matéria-prima para a produção de combustíveis verdes.
Com base neste acordo, ficou estabelecido que a Eni e o MADER vão identificar potenciais locais e culturas apropriadas para a produção de oleaginosas e bio-óleos com maior foco para as áreas consideradas não competitivas para a produção de alimentos e tendo em consideração a preservação das florestas e dos ecossistemas naturais.
As outras iniciativas incluem a recolha e valorização de resíduos agrícolas e de agro-processamento, de produtos e co-produtos para a produção de matéria-prima e soluções climáticas naturais.
A assinatura deste acordo veio dar seguimento ao memorando de entendimento assinado entre a Eni e o Governo de Moçambique em Outubro de 2019, com vista a definição conjunta de projectos de desenvolvimento sustentável e descarbonização, para apoiar a Agenda Nacional e Local de Desenvolvimento Económico e Social do País.
A nota a que o “Noticias” teve acesso, não avança quantos camponeses poderão beneficiar da implementação deste projecto muito menos os locais onde será refinado o bio-óleo a ser extraído em Moçambique, tendo em conta a falta no país, de uma refinaria para a produção de biocombustível.
 
                			
                                        			













