
Euro Sobe Após Acordo Comercial EUA-UE, Mas Perspectiva de Valorização É Limitada
- Alívio nos receios de guerra comercial favorece o euro, enquanto investidores voltam atenções para resultados empresariais e decisões dos bancos centrais
Questões-Chave:
- Alívio nos receios de guerra comercial favorece o euro, enquanto investidores voltam atenções para resultados empresariais e decisões dos bancos centrais;
- Euro regista valorização após anúncio do acordo EUA-UE que estabelece tarifa de 15% sobre produtos europeus;
- Moeda única atingiu um novo pico de um ano face ao yen japonês, com subida pelo quinto dia consecutivo;
- Expectativa de manutenção das taxas de juro pela Fed e pelo Banco do Japão mantém os mercados em compasso de espera;
- Investimentos europeus nos EUA e desequilíbrios nas contas externas podem pesar sobre o euro a médio prazo;
- Negociadores EUA-China iniciam nova ronda de contactos
O euro registou ligeira valorização na segunda-feira após o anúncio de um acordo-quadro entre os Estados Unidos e a União Europeia que evitou a iminência de uma guerra comercial, fixando tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos europeus. Ainda assim, analistas mantêm reservas quanto à sustentabilidade do movimento ascendente da moeda única, face aos impactos potenciais sobre o crescimento europeu e aos fluxos de capital que o pacto poderá desencadear.
Valorização Imediata Reflete Alívio de Mercado
A moeda europeia subiu para 1,1753 dólares (+0,1%) após atingir brevemente uma valorização de 0,3% na sessão. Contra o yen japonês, o euro subiu 0,2%, para 173,64, alcançando o seu nível mais alto em um ano e registando o quinto dia consecutivo de ganhos.
O movimento foi impulsionado pela confirmação de que os presidentes Donald Trump e Ursula von der Leyen chegaram a acordo em Escócia, no domingo, para estabelecer uma tarifa de 15% — metade do nível anteriormente ameaçado — sobre as importações provenientes da União Europeia.
Confiança de Curto Prazo, Mas Incertezas de Fundo
Rodrigo Catril, estratega cambial do National Australia Bank, comentou num podcast institucional que “agora que conhecemos as regras do jogo, é provável que haja maior disposição, tanto nos EUA como a nível global, para considerar investimentos e expansões”.
Contudo, um acordo abrangente e duradouro entre as duas maiores economias do mundo continua por concretizar. Por outro lado, os negociadores dos EUA e da China reuniram-se esta segunda-feira, em Estocolmo, com o objectivo de prorrogar a trégua tarifária vigente até ao próximo mês de Novembro.
Factores de Pressão Estrutural Sobre o Euro
Apesar do alívio momentâneo, alguns analistas consideram que os fundamentos económicos continuam a apontar para uma depreciação gradual da moeda única. “A previsão de crescimento mais fraco na Europa e o agravamento do saldo da balança de pagamentos sustentam uma trajectória de enfraquecimento do euro face ao dólar, uma vez dissipada a reacção inicial ao acordo”, afirmou Shoki Omori, estratega-chefe da Mizuho Securities.
A cláusula de investimento do pacto comercial, que prevê que a UE invista cerca de 600 mil milhões de dólares nos EUA e aumente as suas compras de energia e equipamento militar norte-americano, deverá provocar uma deslocação de fluxos de capital para fora da Europa, fortalecendo o dólar a médio prazo.
Expectativas Monetárias e Ambiente de Risco
Tanto a Reserva Federal dos EUA como o Banco do Japão deverão manter as suas taxas de juro inalteradas nas reuniões previstas para esta semana. Contudo, os investidores estarão atentos aos discursos e sinais futuros sobre o rumo da política monetária, especialmente face à incerteza económica global e às tensões comerciais persistentes.
Nos mercados accionistas, o optimismo prevaleceu na sexta-feira anterior ao anúncio do acordo. O Dow Jones subiu quase 0,5%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq atingiram novos máximos históricos, reflectindo a menor aversão ao risco por parte dos
O acordo tarifário EUA-UE devolveu alguma previsibilidade aos mercados financeiros, proporcionando uma valorização pontual do euro. No entanto, a ausência de um pacto comercial mais abrangente e o impacto dos fluxos de investimento para fora da Europa impõem cautela quanto à trajectória futura da moeda única. Com os mercados atentos às decisões da Fed e do Banco do Japão, a estabilidade cambial permanece condicionada a factores mais amplos de política económica e geopolítica.
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