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Financiamento italiano impulsiona incubadoras de Start-ups em Moçambique com resultados promissores

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O financiamento italiano destinado à Universidade Eduardo Mondlane (UEM) tem proporcionado uma transformação significativa no sector das micro e pequenas empresas em Moçambique, com um impacto notável nas Start-ups através de programas de capacitação e apoio à inovação. A UEM, com o apoio da Agência Italiana para Cooperação e Desenvolvimento (AICS), recebe um investimento de 2,6 milhões de euros que está a criar novas oportunidades de negócios em várias áreas, incluindo educação, comércio, finanças e tecnologias.

Iniciativas de capacitação e desenvolvimento empresarial

A incubadora de negócios da UEM tem sido fundamental no desenvolvimento de Start-ups em Moçambique, e a sua coordenação, sob a liderança de Leila Mutuque, destaca os resultados positivos da parceria com a AICS. “Graças ao financiamento da AICS, os resultados são muito positivos. Já tivemos 15 Start-ups graduadas e a atuar no mercado, e estabelecemos parcerias com várias universidades, como a Universidade Pedagógica e o ISCTEM”, afirmou Mutuque, enfatizando o impacto da formação e capacitação fornecida às novas empresas.

O financiamento da AICS está dividido em duas iniciativas principais: o ICT4DEV, com um montante de 1,2 milhões de euros, focado na formação de estudantes, professores e investigadores na área de tecnologias, e a CodingGirls, com 1,4 milhões de euros, que visa reduzir a desigualdade de género e geográfica no sector das tecnologias de informação em Moçambique.

Tecnologia e inovação como motor do desenvolvimento

O ICT4DEV não só capacita Start-ups, mas também promove escolhas de cursos técnicos-científicos, com ênfase em informática, para raparigas, enquanto a CodingGirls incentiva a investigação científica e a inovação tecnológica. Estes projetos visam transformar as Start-ups em agentes de inovação e desenvolvimento, ao mesmo tempo que contribuem para a criação de soluções para desafios sociais e económicos em Moçambique.

Combate ao desemprego jovem e aos desafios sociais

Além de promover o empreendedorismo, as iniciativas também procuram combater o elevado nível de desemprego que afecta principalmente os jovens moçambicanos, um fenómeno que está diretamente relacionado ao aumento da criminalidade e conflitos sociais. A incubadora segue um processo de três fases: treinamento, pré-incubação e incubação propriamente dita, garantindo que os participantes adquiram as competências necessárias para se inserirem no mercado de trabalho e nos negócios de forma formal e sustentável.

Depoimentos de Start-ups: experiências transformadoras

Vários empreendedores que participaram no processo de incubação partilham as suas experiências positivas, destacando como as formações e o apoio recebido têm sido cruciais para o sucesso das suas iniciativas. César Chaúque, fundador da Start-up Poder Alimentar e Nutricional, uma empresa que produz ração para animais, afirma que a incubadora ampliou a sua visão de negócios, ajudando a transformar o seu conhecimento em soluções para melhorar a qualidade de vida da comunidade.

Clésia Luís, estudante de 22 anos, que está a desenvolver uma plataforma digital para dinamizar o comércio em Moçambique, também enfatiza o impacto da incubadora: “Temos aprendido várias coisas sobre como transformar uma ideia em negócio e sabemos os processos necessários para criar uma empresa no sector formal”, afirmou.

Júlia Cossa, de 23 anos, fundadora de uma Start-up na área de educação online, destaca a importância de adaptar o ensino superior ao contexto tecnológico do país: “A nossa solução visa enquadrar o ensino on-line ao currículo educacional, ajudando a reduzir a lacuna entre a oferta e a demanda por educação superior”.

Parcerias internacionais para impulsionar o desenvolvimento tecnológico

A colaboração entre a UEM, o Centro Informático da UEM e o Departamento de Engenharia Informática e Bioengenharia (DEIB) do Politécnico de Milão tem sido um pilar fundamental na implementação de actividades de formação, centradas nas tecnologias de informação e comunicação (TIC). O programa pretende abrir melhores oportunidades profissionais para estudantes, investigadores e docentes, contribuindo para o desenvolvimento das capacidades técnicas no país.

O financiamento italiano está, portanto, a desempenhar um papel crucial na transformação do ecossistema empreendedor em Moçambique, com um foco particular nas Start-ups tecnológicas e na promoção da inovação como motor de desenvolvimento sustentável. O apoio contínuo a estas iniciativas tem o potencial de transformar o panorama económico e social, proporcionando aos jovens moçambicanos as ferramentas necessárias para se destacarem no mercado global.

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