·         Em dois anos, o FMI forneceu mais que o dobro do valor desembolsado em qualquer período de 10 anos desde a década 1990.

·         Instituição defende quadro de resolução que funcione bem para criar espaço fiscal nos países que exigem reestruturação da dívida;

·         Economias fortes experimentam níveis de crescimento fracos na região;

·         Média regional é de 3,6%.

 O Fundo Monetário Internacional, FMI, prevê que o crescimento na África Subsaariana desacelere para 3,6% antes de recuperar 4,2% em 2024.

As últimas perspectivas económicas regionais do Fundo estão alinhadas à recuperação global, redução da inflação e diminuição do aperto da política monetária. 

Segundo o Fundo, os desequilíbrios macroeconômicos incluem a gestão, consolidação e fortalecimento das finanças públicas face às difíceis condições de financiamento.

 Um quadro que requer contínua mobilização de receitas, melhor gestão dos riscos fiscais e gerenciamento mais proativo da dívida.

Face as questoes conjunturais prevalecentes o FMI recomenda cautela na condução da política monetária para conter a inflação e projectá-la ao intervalo da meta dos bancos centrais, ajustamento da taxa de câmbio e mitigar os efeitos adversos sobre a economia, incluindo o aumento da inflação e da dívida por conta da depreciação da moeda.

Conforme observa o Diretor do Departamento Africano do Fundo, Abebe Aemro Selassie, o crescimento na região varia de país para país e a expectativa é que países, particularmente os da África Oriental, considerados não intensivos em recursos petrolíferos, se saiam melhor. O contexto é da redução da taxa média de crescimento por parte de algumas economias.

O FMI descreve uma conjuntura onde a dívida pública e a inflação atingem níveis que não se viam há décadas, com inflação de dois dígitos em metade dos países, arrasando o poder de compra das famílias e atingindo os mais vulneráveis.

 

Acredita-se que o rápido aperto da política monetária global tenha elevado os custos de empréstimos para os países nos mercados doméstico e internacional numa altura em que todos os mercados fronteiriços da África Subsaariana viram seu acesso ao mercado cortado desde a primavera de 2022.

O Diretor do Departamento Africano do Fundo, Abebe Aemro Selassie,Ele alerta que se medidas não forem tomadas, o aperto de financiamento prejudicará os esforços da África Subsaariana para construir uma população qualificada e educada e ser a força motriz da economia global nos próximos anos.

Entre 2020 e 2022, o FMI forneceu mais de US$ 50 mil milhões de dólares através de programas, financiamento de emergência e alocação de Direitos Especiais de Saque.

Em dois anos, forneceu mais que o dobro do valor desembolsado em qualquer período de 10 anos desde a década 1990.

Outra recomendação do FMI é garantir que esforços importantes para combater as mudanças climáticas não excluam necessidades básicas, como saúde e educação.

O financiamento climático fornecido pela comunidade internacional deve se somar aos fluxos de ajuda atuais.

Este será o segundo ano consecutivo em que a região apresenta um ritmo de crescimento inferior ao do ano anterior.

Orçamentos de ajuda cada vez menores e fluxos reduzidos de parceiros estão levando a um grande aperto de financiamento para a região.

SUBSCREVA O.ECONÓMICO REPORT
Aceito que a minha informação pessoal seja transferida para MailChimp ( mais informação )
Subscreva O.Económico Report e fique a par do essencial e relevante sobre a dinâmica da economia e das empresas em Moçambique
Não gostamos de spam. O seu endereço de correio electrónico não será vendido ou partilhado com mais ninguém.