
Gás Natural Liquefeito Flutuante (FLNG) ganha impulso em 2024, Coral Norte FLNG, que poderá desbloquear mais 3,4 milhões de tpa de GNL. – Wood Mackenzie
A reputada consultora especializada no sector energético destaca o projecto Coral Sul FLNG de Moçambique já em operação e a potencial aprovação do Coral Norte FLNG, que poderá desbloquear mais 3,4 milhões de tpa de GNL.
A Wood Mackenzie considera ainda que a Fase 1 do Tortue da BP, localizado na costa atlântica, entre o Senegal e a Mauritânia, como uma virada de jogo, esperando-se que coloque online 2,5 milhões de toneladas por ano (tpa) de GNL, elevando as exportações regionais de GNL em notáveis 20%.
Miriam Ofori, Analista, da Wood Mackenzie afirmou: ” A África Subsaariana está a experimentar um ressurgimento da exploração em águas profundas. As descobertas da Bacia Orange poderão redefinir o cenário de recursos da região nos próximos anos“
Por seu turno, Jean-Jacques Fortin, CEO, TotalEnergies Africa disse: ” Estamos empenhados em investir no setor upstream da África Subsaariana, tanto através de projetos de exploração como de desenvolvimento. O potencial energético da região a longo prazo é incomparável.“
Os impactos económicos
A Wood Mackenzie destaca os impactos económicos dos projectos e fala na criação de empregos. “Espera-se que as actividades upstream gerem mais de 50.000 novos empregos nas fases de exploração, desenvolvimento e construção”. Diz a reputada consultora.
Do lado das receitas, a Wood Mackenzie acredita que aumento da produção e das exportações de GNL impulsionará as receitas do governo através de royalties e impostos, atingindo potencialmente 10 mil milhões de dólares anuais.
Faz também referência aos desenvolvimento de infra-estruturas. Neste capitulo, refere que os investimentos em oleodutos, instalações de processamento e terminais de exportação estimularão o desenvolvimento de infra-estruturas em regiões ricas em recursos.
A consultora menciona também as oportunidades de conteúdo local: “Os governos estão a dar prioridade às políticas de conteúdo local, criando oportunidades para que empresas nacionais e prestadores de serviços participem no sector”.
Para a Wood Mackenzie à medida que o sector a montante da África Subsariana traça uma trajectória emocionante, estas percepções reflectem não apenas os avanços energéticos, mas também a promessa de crescimento económico e desenvolvimento sustentável em toda a região.
África Subsaariana perspectiova um boom energético em 2024
A África Subsariana está à beira de uma revolução energética, marcada por um aumento na exploração em águas profundas, uma recuperação robusta nos investimentos de capital e novos desenvolvimentos estimulantes, considera a consultora Wood Mackenzie, reputado no sector energético
A Wood Mckenzie, perspectiva uma bonança do lado do upstream, em águas profundas mais precisamente, e cita a Shell e a TotalEnergies como estando a preparar-se para uma ambiciosa exploração na Bacia Orange, na Namíbia, visando colossais 10 mil milhões de barris de recursos potenciais. “O sucesso em toda a Margem Atlântica poderá remodelar o mapa energético, com as grandes empresas petrolíferas preparadas para expandir a sua área licenciada em impressionantes 20% até ao final do ano”, diz a consultora.
A Wood Mackenzie diz que a região [África Subsahariana] prevê um investimento substancial de 20 mil milhões de dólares, o que significa um notável aumento anual de 5% e um regresso aos níveis anteriores à pandemia. Adianta que a Nigéria lidera o encargo de investimento com uma despesa de 6 mil milhões de dólares, compreendendo um terço do investimento regional. A consultora diz ainda que outros intervenientes importantes incluem Angola, Gana, Congo e Uganda, cada um com investimentos previstos que variam entre 1,2 e 1,5 mil milhões de dólares. Espera-se que os projetos greenfield, nomeadamente o Baleine da Eni, contribuam com 7% do investimento, proporcionando um aumento de emprego com cerca de 3.000 postos de trabalho durante a fase de construção.
A Wood Mckenzie fala mesmo em “desenvolvimentos emocionantes” previstos para impulsionar a produção regional. Cita o projecto Sangomar do Senegal que prevê um aumento substancial de 10% com 100.000 bpd adicionais. A fase dois de Baleine da Eni deverá adicionar 50.000 bpd. Entretanto, acrescenta, a Nigéria pretende estrategicamente inverter o declínio da produção e cumprir a sua quota da OPEP de 1,8 milhões de bpd através de medidas de segurança reforçadas e novas perfurações de enchimento.
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