HCB Avança Com “Central Norte” Para Reforçar Capacidade E Posicionar Moçambique Como Pólo Energético Regional
Questões-Chave
- Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) lançou concurso público internacional para contratação de consultoria (Owner’s Engineer) no âmbito do Projecto da Central Norte;
- Licitação prevê assistência técnica especializada para supervisão do projecto, garantindo conformidade técnica, acompanhamento da obra e alinhamento com padrões internacionais;
- Central Norte acrescentará cerca de 1.245 MW à capacidade instalada do país, com três grupos geradores de 415 MW cada;
- Expansão permitirá reforçar exportações de energia para países da SADC, aumentando receitas em divisas;
- Iniciativa enquadra-se no Plano Estratégico 2025–2034 da HCB, que privilegia diversificação e crescimento sustentável;
- Projecto terá impacto directo no emprego, contratos de engenharia e serviços, e indirecto no estímulo à indústria nacional;
- Moçambique reforça posição como pólo regional de energia limpa e estratégica.
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) lançou oficialmente um concurso público internacional para a contratação de serviços de consultoria no âmbito do Projecto da Central Norte de Cahora Bassa (CBN). A iniciativa marca um passo decisivo rumo à implementação de uma nova unidade hidroeléctrica de 1.245 megawatts (MW), consolidando a posição de Moçambique como potência energética regional.
A licitação, identificada pelo número HCB/DPL/Owner’s Engineer/051/2025, destina-se à selecção de uma consultora que actuará como Owner’s Engineer. O vencedor do concurso terá como responsabilidade assegurar assistência técnica e supervisão integral do projecto, incluindo a verificação da qualidade dos estudos, o acompanhamento da obra, a conformidade com normas de engenharia e a garantia de eficiência na execução.
O Projecto da Central Norte é um dos pilares do Plano Estratégico 2025–2034 da HCB, que aposta na diversificação e expansão da capacidade de geração. Localizada na margem norte da barragem, a futura central contará com três grupos geradores de 415 MW cada, três tomadas de água, dois canais de restituição e dois descarregadores de fundo com capacidade de evacuação mínima de 2.200 m³/s.
O impacto económico esperado é vasto. Além de reforçar as exportações de energia para mercados como África do Sul, Zimbabwe e Malawi, o projecto deverá gerar maior entrada de divisas, fortalecer a posição financeira da HCB e aumentar a contribuição da empresa para as receitas do Estado.
Internamente, a expansão da capacidade eléctrica será determinante para sustentar sectores como a indústria transformadora, mineração e agricultura, reduzindo constrangimentos energéticos e potenciando investimentos produtivos. Durante a fase de construção, prevê-se a dinamização de diversos sectores económicos através de contratos de engenharia, fornecimento de equipamentos, logística e serviços, com reflexos positivos no emprego e na renda local.
Do ponto de vista estratégico, a Central Norte reforçará a rede de interligações regionais e o papel de Moçambique como fornecedor de energia limpa e fiável para a África Austral, consolidando a sua relevância geopolítica e económica num contexto global de transição energética.
O lançamento do concurso sinaliza, assim, não apenas a determinação da HCB em concretizar o projecto, mas também a abertura à participação de parceiros qualificados, garantindo que a Central Norte se torne um activo nacional de referência e um motor de desenvolvimento para as próximas décadas.
