
IFC Apoia Projecto de US$ 400 Milhões Para Reforçar Rede de Transmissão Eléctrica Entre Chimuara e Nacala
Questões-Chave:
- Projecto orçado em mais de US$ 400 milhões será o primeiro de transmissão eléctrica liderado pelo sector privado em Moçambique;
- IFC junta-se à britânica Gridworks e à EDM no desenvolvimento das Fases II e III do projecto;
- Linhas de 400 kV e 220 kV ligarão Alto Molócuè, Namialo, Nampula e Nacala-à-Velha, com novas subestações;
- Rede permitirá reduzir perdas, facilitar integração de energia renovável e
Moçambique vai avançar com um dos maiores projectos energéticos do seu tipo, orçado em mais de 400 milhões de dólares norte-americanos, para reforçar a rede nacional de transmissão entre Chimuara (na Zambézia) e Nacala-à-Velha (em Nampula). Com apoio da IFC, o projecto representa um marco: será o primeiro empreendimento de transmissão eléctrica com participação privada no país.
A Corporação Financeira Internacional (IFC), braço do Banco Mundial para o sector privado, oficializou o seu apoio técnico e financeiro à Gridworks, empresa britânica especializada em investimentos em redes de energia em África, para o desenvolvimento das fases II e III do Projecto de Transmissão Chimuara–Nacala. A Electricidade de Moçambique (EDM) é o parceiro nacional.
Com um orçamento global de mais de US$ 400 milhões, o projecto inclui:
- Uma linha de 400 kV entre Alto Molócuè e Namialo (272 km);
- Uma linha de 220 kV entre Namialo e Nampula (98 km);
- Uma linha de 220 kV entre Namialo e Nacala-à-Velha (90 km);
- Construção de subestações novas em Namialo e Nacala-à-Velha;
- Expansão da subestação de Nampula.
“Este projecto permitirá reduzir perdas, garantir fiabilidade da rede no norte do país e integrar futuras fontes renováveis”, referiu Chris Flavin, CEO interino da Gridworks.
Financiamento e Estrutura de Parceria
A estrutura financeira do projecto combina capital privado e financiamento de desenvolvimento. A IFC participa na fase de desenvolvimento técnico, ambiental e social, com a intenção de mobilizar financiamento adicional para a fase de construção, que deverá decorrer entre 2025 e 2028.
A British International Investment (BII), o banco de desenvolvimento do Reino Unido e accionista da Gridworks, reforça a componente de capital de risco, enquanto a EDM lidera o alinhamento com a estratégia nacional de electrificação e integração regional.
Impacto Nacional e Regional
O projecto terá impacto directo na estabilidade e alcance da rede de transmissão no norte de Moçambique, melhorando a eficiência na distribuição, diminuindo perdas técnicas e facilitando a conexão de projectos solares e hidroeléctricos locais.
Ao reduzir a dependência de sistemas isolados e ampliar a capacidade de interligação com zonas industriais (Nampula, Nacala), o projecto reforça também a agenda de industrialização descentralizada, com potencial de atracção de investimento privado em sectores como agro-indústria, logística e mineração.
“É um investimento estrutural, transformador, que cria condições para o desenvolvimento económico e social sustentado do centro-norte de Moçambique”, destacou a IFC.
O Projecto Chimuara–Nacala marca o início de uma nova era para o sistema energético moçambicano. Com mais de US$ 400 milhões mobilizados, a presença da IFC e da Gridworks dá confiança aos mercados e sinaliza a viabilidade de modelos mistos (público-privados) na construção de infra-estruturas de alto impacto. A aposta é clara: garantir que a energia não seja um obstáculo, mas sim um acelerador do crescimento inclusivo e da coesão territorial em Moçambique.
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