Indonésia, Quénia e Tanzânia interessados em investir no Agro-negócio no Niassa

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  • Os investidores da Indonésia, Quénia e Tanzânia estão interessados em estabelecerem-se na província do Niassa para desenvolverem actividades no sector do agro-negócio, com o foco na produção e processamento das culturas da macadâmia, soja, hortícolas, incluindo gado de diversas espécies. 

A carteira de investimentos criada para os sectores referenciados está avaliada em cerca de US$ 42 milhões, tal como foi revelado no final dos trabalhos do Primeiro Fórum de Investimento do Niassa realizado, semana passada, na cidade de Lichinga que decorreu sob o lema “Agricultura e Energia como Factores Dinamizadores do Desenvolvimento da Província do Niassa”. 

O evento visou, fundamentalmente, atrair investimento público-privado para a área do agro-negócio, com enfoque para a cadeia de valor das culturas de macadâmia, soja, milho e trigo, adicionalmente para a área de energia, através dos créditos de carbono. 

Inocêncio Sotomane, Presidente da Associação Agro Industrial e Comercial do Niassa (AAICN), sublinhou que para o fórum foi levada numa carteira de 20 projectos, que, dentre outros, despertou interesse empresários da Indonésia, Quénia e Tanzânia.

Na elaboração da carteira de projectos para apresentação no Fórum de Investimento do Niassa, AAICN e as autoridades governamentais tiveram em conta, particularmente em relação a agricultura, a demanda que actualmente se verifica no mercado internacional relativamente as culturas do milho, macadâmia, soja e trigo. 

Os maiores produtores mundiais, nomeadamente, a Rússia e Ucrânia enfrentam dificuldades para produzir estes produtos que constituem a base da alimentação da população e matéria-prima para a indústria alimentar, situação que deve ser transformada numa oportunidade para levar a cabo projectos de grande magnitude. 

Niassa dispõe de cerca de dois milhões de hectares de terras aráveis e condições agro-ecológicas favoráveis para a prática de culturas que exigem o clima tropical e temperado.

Segundo Sotomane, foi neste contexto que se concebeu o alistamento dos projectos para a busca de investimento publico e privado ou parcerias para o desenvolvimento da agricultura comercial no Niassa. Para além desses factores, Sotomane mencionou o facto de a Província do Nissa oferecer um ambiente favorável para a realização de negócios, mercê do investimento público-privado sobretudo porque existe um sistema rodoviário que permite a ligação entre as cidades de Lichinga e os portos de Nacala e Pemba, nas províncias de Nampula e Cabo Delgado. Adicionalmente, o diálogo público-privado que as autoridades governamentais locais têm promovido regularmente e as reformas que estão a contribuir na facilitação da realização dos negócios são para Sotomane, outros factores que justificaram a realização do fórum para a atracção de investimentos para a exploração das potencialidades da província.

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