
Indústria gráfica nacional quer porção relevante do negócio US$ 200 milhões de impressão de livro escolar
Trata-se de um negócio cujo valor de mercado ronda os US$ 200 milhões (duzentos milhões de dólares americanos) anualmente, que a indústria gráfica nacional reivindica inclusão, algo que pelos acontecimentos mais recentes do processo apontam estar encaminhado em benefício de empresas estrangeiras.

Presidente do Conselho Directivo da AIGM, Belmiro Quive
Com efeito, o Presidente do Conselho Directivo da AIGM, Belmiro Quive, exigiu que as empresas nacionais sejam acarinhadas pelo Estado, através de concursos públicos favoráveis e com foco na exploração do potencial existente.
A potenciação da indústria gráfica seria facilmente alcançada revertendo o actual cenário fiscal, que tem sido mais simpático com os produtores estrangeiros do que com os nacionais. Explicou que só assim é que a indústria nacional conseguiria crescer e, posteriormente, impor se libertando o mercado da dependência das empresas estrangeiras.
Este pronunciamento foi feito ontem, motivado pelo recente lançamento de um concurso público internacional pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) para a produção do livro escolar para 2024.
Quive diz que este concurso contraria as pro messas anteriormente feitas de criar uma plataforma que priorize as empresas nacionais.
Argumentou que, ao convocar todas as empresas do mundo para manifestarem interesse de produzir o livro, reduz, drasticamente, as chances das gráficas moçambicanas ganharem o concurso.
“Tivemos várias reuniões com o MINEDH que culminaram com o lançamento de um concurso em Abril e estava previsto que as propostas fossem abertas no dia 28 do mesmo mês”, contextualizou. Entretanto, apontou, a escassos dias do concurso que deveria ser restrito às gráficas nacionais, o mesmo acabou por ser cancelado com o argumento de que as especificações precisavam de ser melhoradas.
E com o lançamento do novo concurso, na sexta-feira, continuou, a intenção é contratar três empresas a nível mundial capazes de produzir o livro durante três anos, com a possibilidade de extensão por mais dois. Assim, acrescentou, as chances de as empresas estrangeiras continuarem a produzir o livro, nos próximos cinco anos, voltaram a aumentar, numa altura em que a indústria nacional reivindica uma capacidade de resposta dessa missão.
“O que eu lhe posso garantir é que existem 20 milhões de livros para serem impressos todos os anos. Se houver um acordo quadro com as em presas nacionais, podemos desenhar um modelo para que, a médio e longo prazo, possa permitir a impressão parcial ou total em Moçambique”, explicou.
A AIGM existe desde 1999 e possui 22 empresas gráficas associadas.
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