
Investimento chinês em Moçambique ultrapassa 9,5 mil milhões de dólares: uma parceria estratégica em expansão
- Despedida do embaixador Wang Hejun evidencia balanço positivo da cooperação e projecção de novas oportunidades nas áreas da agricultura, indústria e infra-estruturas
O investimento da China em Moçambique ascende a 9,5 mil milhões de dólares norte-americanos, consolidando Pequim como um dos principais parceiros económicos do país. O dado foi anunciado no contexto da despedida do embaixador chinês, Wang Hejun, que concluiu o seu mandato diplomático esta semana, em Maputo.
Em audiência com o Presidente da República, Daniel Chapo, o embaixador Wang Hejun sublinhou os avanços significativos nas relações bilaterais entre Moçambique e a China nos últimos anos, apontando como marcos visíveis da cooperação a construção da ponte Maputo–Katembe, os edifícios da Presidência da República e do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, entre outras infra-estruturas públicas de grande impacto.
“Temos uma amizade de longa data, e nos últimos anos aprofundámos a cooperação em várias áreas com resultados concretos”, afirmou Wang, destacando ainda que o volume do comércio bilateral entre os dois países atingiu 5,6 mil milhões de dólares em 2024, com tendência crescente

O diplomata reiterou a disponibilidade do governo chinês para reforçar a cooperação nas áreas da agricultura, indústria e construção de infra-estruturas, sectores que considera prioritários para o desenvolvimento económico sustentável de Moçambique. Sublinhou ainda que as vantagens comparativas do país — como a sua localização geoestratégica, os portos utilizados por vários países vizinhos, as terras aráveis, os recursos minerais e as vastas reservas de gás natural — fazem de Moçambique “um dos países com maior potencial de crescimento no continente africano”.
Wang Hejun, que iniciou funções em 2020, mostrou-se confiante quanto ao futuro das relações bilaterais. “Se a estabilidade política for mantida, Moçambique tem boas perspectivas de desenvolvimento sustentado”, assegurou.
Durante o seu mandato, a diplomacia chinesa em Moçambique destacou-se não só pelo volume de investimento directo estrangeiro, mas também pelo apoio a projectos de cooperação técnica, cultural e educativa, inseridos no quadro mais vasto da Iniciativa Cinturão e Rota, promovida por Pequim.
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