• Financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento permitirá aos CFM comprar 10 locomotivas, 300 vagões e 120 contentores-cisterna. 

Em 31 de Janeiro de 2024 o Conselho de Administração do Banco Africano de Desenvolvimento aprovou um financiamento de 40 milhões de dólares norte-americanos para financiar a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique EP (CFM), no contexto do plano estratégico 2021-2024 . O BAD O Banco também planeia mobilizar mais 30 milhões de dólares para o projecto junto de outros potenciais credores.

A operação inclui a aquisição de 10 locomotivas diesel-elétricas de 3.000/3.300 cavalos, 300 vagões e 120 contentores-tanque. O financiamento cobrirá também um programa de manutenção de três anos para as locomotivas adquiridas e para a formação do pessoal de manutenção dos CFM.

O projecto permitirá a aquisição de material circulante para aquele que é o principal corredor dos CFM, a linha de Ressano-Garcia, de 88 quilómetros,  entre o Porto de Maputo e a fronteira sul-africana.

De acordo com as informações a que O.Económico teve acesso, a implementação do projecto melhorará a logística e reduzirá o custo do transporte de mercadorias e produtos utilizando meios eficientes e rentáveis, beneficiando de economias de escala. Diz a fonte que os investimentos em perspectiva, permitirão uma mudança de paradigma que melhorará a competitividade do corredor e o tornará numa solução económica de transporte logístico.

Ainda de acordo com as fontes, espera-se que o projecto melhore o acesso das famílias às infra-estruturas através de serviços de transporte ferroviário. Reduzirá potencialmente o congestionamento e os tempos de viagem em dois minutos por quilómetro e reduzirá o número de vítimas mortais nas estradas ao transferir o tráfego rodoviário para o transporte ferroviário. Deverá também aumentar o número de empresas privadas que utilizam serviços de transporte de mercadorias e portos, reduzir o congestionamento e os custos logísticos e contribuir para a competitividade global das empresas, ao mesmo tempo que gera ligações com a economia local através da aquisição local e da procura de outros serviços não transacionáveis.

Outros impactos da intervenção em causa, é aquele que se verificará, na facilitação do comércio, a criação de emprego e a transferência de competências. Destacando-se que o projecto também venha a aumentar significativamente as receitas externas, que, de acordo com as informações a que O.Económico  teve acesso,  crescerão de 225 milhões de dólares em 2022 para 360 milhões de dólares em 2036. Durante este período, espera-se que o projecto proporcione um total acumulado de mil milhões de dólares em receitas fiscais.

“As comunidades locais ao longo do corredor incluindo as mulheres, terão melhor acesso aos mercados para comercializar os seus bens e serviços”.

“Irá reforçar o comércio intra-africano e a integração regional, aumentando a capacidade e o volume de mercadorias transportadas dos países vizinhos pela rota mais eficiente, com Moçambique a servir os seus países vizinhos da África do Sul, Essuatíni, Malawi, Zimbabué e Zâmbia, proporcionando-lhes um porto para exportação de seus produtos e importação de mercadorias”, revela a fonte

Do ponto de vista da sustentabilidade ambiental, espera-se que projecto alcance poupanças líquidas de carbono de 744.511 quilotoneladas de CO2 durante o período 2023-2035.

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