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‘Mais Emprego’ promove oportunidades de emprego para jovens em Cabo Delgado

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  • Cresce o número de empresas que operam na província de Cabo Delgado. Associado a este crescimento, surge a necessidade de as empresas adoptarem melhores práticas, desde a Higiene e Segurança no Trabalho (HST), a Responsabilidade Social (RS) e a Governação Corporativa (GC).

O Projecto “Mais Emprego” financiado pela União Europeia e em parceria com Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Confederação das Associações Económicas (CTA) e o Instituto Nacional de Emprego (INEP), realizou um workshop visando difundir a necessidade de se ter empresas que promovam a sustentabilidade. O pressuposto principal é que os jovens precisam saber onde os empregos estão disponíveis  e estarem inseridos num contexto “sustentável”.

A Gestora do Projecto Mais Emprego, Ana Cristina, diz que as empresas têm a responsabilidade de promoverem as boas práticas na sua actuação para se alinharem às práticas internacionais.

“Este workshop foi desenvolvido no âmbito do projecto Mais Emprego para os Jovens de Cabo Delgado, financiado pela União Europeia, co-financiado e gerido pela Cooperação Portuguesa, através do Instituto Camões e visa, como o nome indica, promover o emprego, melhorar as oportunidades de emprego dos jovens de Cabo Delgado”.

Os jovens de Cabo Delgado precisam, como diz Ana Cristina, conhecerem que oportunidades de emprego que há para eles na província do Norte e quem deve criar estas oportunidades é o sector privado.

Gestora do Projecto Mais Emprego, Ana Cristina

“Efectivamente quem cria emprego é o sector privado, são as empresas. Está provado que em Moçambique quem cria mais emprego são as Pequenas e Médias Empresas (PME’s). Portanto, esta campanha visa alertar sensibilizar e motivar mais empresas, mais PME’s, jogando para esta questão do emprego jovem, para as oportunidades que existem também no âmbito do projecto de oferecer estágios para jovens e outros tipos de iniciativas que possam apoiar, quer por um lado, os jovens, quer, por outro lado, até os próprios formadores das entidades que são nossas parceiras”.

A campanha lançada em Pemba, começou há cerca de um mês, para identificar as empresas que são boas empregadoras de jovens em Cabo Delgado. 

“Quando digo boas empregadoras em termos de trabalho, é um trabalho de qualidade mas também emprego de mulheres, por exemplo, empresas que colocam mulheres e confiam em mulheres para dar postos de responsabilidade nas empresas que dão emprego a jovens portadores de deficiência e, por exemplo, as empresas também que promovem boas práticas de sustentabilidade ambiental. Foi um workshop muito em torno do conceito de ESG, que incorpora estas três vertentes da governação corporativa, ou seja, das articulações com a comunidade envolvente, a da responsabilidade social, mas também da responsabilidade ambiental. Hoje em dia sabemos que ninguém de nós pode estar, digamos assim, alheio destas questões da sustentabilidade, muito menos as empresas e sabemos também que estas duas questões ambientais de transição energética e emprego estão intimamente ligadas”. Concluiu Ana Cristina.

O Gestor do Gabinete de Apoio Empresarial na CTA, Elias Mondlane, diz que o emprego dos jovens é um desafio para o país e deve-se a muitos factores.

Gestor do Gabinete de Apoio Empresarial na CTA, Elias Mondlane

“Eu penso que a empregabilidade de jovens é um desafio a nível nacional. Este desafio é recorrente pela falta de qualificação destes jovens e o que deixa eles muito fora daquilo que são as oportunidades de vagas e nós temos feito várias acções que visam promover a empregabilidade jovem, primeiro através de formações técnico-profissionais e depois que coincidem com a alocação de certos kits para que esses jovens, se não encontrarem vagas de emprego possam empreender, criar os seus próprios empregos, garantindo que eles trabalhem e empreguem outros jovens”.

Sobre as políticas empregabilidade de jovens, Mondlane diz que nunca serão justas, mas também partilha a opinião de que o sector privado deve criar condições.

“Eu penso que as políticas, como deve saber, nunca são justas. Mas o nosso entender é que o sector privado é o motor da economia e é este que deve responder às necessidades de emprego. O Governo tem feito a sua parte, em estreita colaboração com o sector privado, criar mecanismos que facilitem a empregabilidade dos jovens”. Concluiu.

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