
Moçambique Reafirma Compromisso Como o Nó Logístico Regional
Questões-Chave:
- Moçambique aposta na modernização de infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias e portuárias como alicerce para a intermodalidade;
- Corredores da Beira, Maputo e Nacala com investimentos estratégicos para impulsionar o comércio regional;
- Canal de Moçambique representa 30% do tráfego marítimo internacional;
- Reabilitação da N6 e Linha de Machipanda reforça ligação entre Porto da Beira e Zimbabwe;
- Conferência Intermodal África promove alianças entre actores da cadeia logística africana e global.
Durante a abertura da 33.ª Conferência Intermodal África, o Ministro dos Transportes e Logística, João Jorge Matlombe, destacou o papel estratégico de Moçambique como centro logístico regional e reafirmou o compromisso do Governo em modernizar os corredores de transporte para atrair investimento, reduzir tempos de trânsito e consolidar o país como nó intermodal no continente.
Na presença de representantes governamentais, operadores logísticos, instituições internacionais e empresas privadas, o Ministro dos Transportes e Logística, João Jorge Matlombe, abriu oficialmente a Conferência Intermodal África 2025, destacando a importância do evento como espaço privilegiado para consolidar o papel de Moçambique na logística regional e global.
“Queremos tornar o Corredor da Beira uma rota verdadeiramente competitiva para todos os seus utilizadores”, afirmou o ministro, enaltecendo o papel da Cornelder de Moçambique e da promotora Africa Events pela organização da conferência na cidade da Beira.
Segundo Matlombe, Moçambique, situado estrategicamente na costa oriental de África, oferece acesso preferencial a mercados como o europeu e o asiático, beneficiando ainda da curta distância aos países do hinterland — Zimbabwe, Zâmbia, Malawi e RDC — e de um tráfego marítimo intenso pelo Canal de Moçambique, por onde circula cerca de 30% do comércio marítimo internacional.
Investimentos Estratégicos em Infra-Estruturas
O ministro detalhou os investimentos em curso no Corredor da Beira, incluindo:
- A reabilitação e ampliação de 300 km da Estrada Nacional N6, ligando o porto ao Zimbabwe;
- A dragagem de emergência do canal de acesso ao Porto da Beira, recuperando profundidade para -8 metros, permitindo a atracação de navios Panamax;
- A reabilitação da Linha Férrea de Machipanda, numa extensão de 317 km, com um investimento de cerca de 200 milhões de dólares.
Outros corredores também registam avanços:
- No Corredor de Maputo, modernizam-se os terminais de contentores e carvão, e avança-se com a duplicação da linha de Ressano Garcia;
- No Corredor de Nacala, concluiu-se o projecto de expansão e modernização do porto, com um investimento superior a 300 milhões de dólares.
“Apesar dos progressos, permanecem desafios significativos no tempo de trânsito das mercadorias. Cada interveniente da cadeia logística deve reposicionar-se para atender à crescente demanda com mais eficiência”, alertou o ministro.
Intermodalidade e Visão Regional
Matlombe sublinhou que a logística não se faz isoladamente. O bom funcionamento de um porto depende de operadores ferroviários, rodoviários, marítimos, serviços aduaneiros, despachantes e centros logísticos.
“O nosso compromisso é continuar a criar as condições para que Moçambique se afirme como um nó logístico regional, através da implementação de reformas e investimentos concertados com o sector privado.”
Ao declarar aberta a conferência, o ministro concluiu desejando que os participantes encontrem neste evento “a inspiração necessária para aprimorar a eficiência da intermodalidade, reduzir os tempos de trânsito e contribuir para o crescimento económico da região”.
Linha de Interligação Moçambique–Malawi Conclui-se Até Dezembro
6 de Outubro, 2025
Conecte-se a Nós
Economia Global
Mais Vistos
Sobre Nós
O Económico assegura a sua eficácia mediante a consolidação de uma marca única e distinta, cujo valor é a sua capacidade de gerar e disseminar conteúdos informativos e formativos de especialidade económica em termos tais que estes se traduzem em mais-valias para quem recebe, acompanha e absorve as informações veiculadas nos diferentes meios do projecto. Portanto, o Económico apresenta valências importantes para os objectivos institucionais e de negócios das empresas.
últimas notícias
Mais Acessados
-
Economia Informal: um problema ou uma solução?
16 de Agosto, 2019 -
LAM REDUZ PREÇO DE PASSAGENS EM 30%
25 de Maio, 2023
















