Moçambique Reforça Parceria com a DFC dos EUA para Financiamento de Projectos de Desenvolvimento

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O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, destacou em Washington a cooperação estratégica com a DFC, orientada para projectos de energia, infra-estruturas, agricultura, indústria e turismo, com impacto directo na criação de emprego e na melhoria das condições de vida.

Questões-Chave:
  • Moçambique reforça a parceria com a Corporação Financeira para o Desenvolvimento Internacional (DFC) dos EUA;
  • Cooperação foca-se em projectos estruturantes nos sectores de energia, infra-estruturas, agricultura, indústria e turismo;
  • Central Térmica de Temane e Linha de Transmissão Temane-Maputo entre os investimentos já financiados;
  • 1,5 mil milhões de dólares em apoios ligados ao gás natural do Rovuma;
  • Novos projectos incluem a Central Eléctrica de Namaacha e o desenvolvimento do Corredor de Nacala;
  • Objectivo: tornar Moçambique um hub regional de energia e promover industrialização e emprego.

O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, anunciou em Washington o reforço da parceria entre Moçambique e a Corporação Financeira para o Desenvolvimento Internacional (DFC), instituição financeira do Governo dos Estados Unidos, com vista à mobilização de financiamento para projectos de energia, infra-estruturas, agricultura, indústria e turismo.

A iniciativa, enquadrada na estratégia de diplomacia económica activa, visa criar emprego, impulsionar a competitividade produtiva e melhorar as condições de vida dos moçambicanos, consolidando a cooperação bilateral entre os dois países.

Energia: Núcleo da Cooperação Estratégica

Entre os projectos apoiados pela DFC, o Chefe do Estado destacou a Central Térmica de Temane — com capacidade de 450 megawatts — e a Linha de Transmissão Temane-Maputo, ambas consideradas estruturantes para a segurança energética nacional e a integração eléctrica regional.

O Presidente salientou igualmente o apoio da DFC a financiamentos e garantias associadas ao gás natural liquefeito (LNG) do Rovuma, estimados em 1,5 mil milhões de dólares, bem como o avanço do projecto da Central Eléctrica de Namaacha, avaliado em 150 milhões USD.

“O objectivo que nos levou a Washington é reforçar a nossa diplomacia económica com a DFC, consolidando projectos estruturantes que geram emprego e aumentam a oferta de energia”, afirmou Daniel Chapo.

Moçambique Quer Afirmar-se Como Hub Regional de Energia

O Presidente reiterou a ambição de transformar Moçambique num hub regional de energia eléctrica na África Austral, destacando a procura crescente de electricidade em países vizinhos como Zâmbia, Malawi, Zimbabwe, Eswatini e África do Sul.

“Os países da região enfrentam sérios défices energéticos, e Moçambique tem condições únicas para exportar e fornecer energia à região”, sublinhou.

Entre as iniciativas em curso, o Governo aposta na expansão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa e no avanço do projecto Mphanda Nkuwa, com 1 500 MW de capacidade, para aumentar a oferta interna e as exportações regionais.

Diversificação e Abertura a Novos Investimentos

Para além da energia, Daniel Chapo apresentou à DFC oportunidades de investimento em sectores prioritários como agricultura, indústria, infra-estruturas e turismo, salientando o potencial do agro-negócio e do turismo sustentável como motores de diversificação económica.

No turismo, destacou o investimento do Grupo Aman, uma das dez maiores cadeias mundiais de luxo, que escolheu Moçambique como porta de entrada para a África Subsariana, e renovou o apelo a investidores internacionais para participarem na Conferência Internacional de Turismo em Vilankulo (3–4 de Novembro).

Corredor de Nacala: Nova Âncora Logística Regional

No capítulo das infra-estruturas, o Chefe do Estado evidenciou o Corredor de Nacala como plataforma estratégica de integração económica e comercial, vital para o escoamento de recursos minerais da Zâmbia, Malawi e, futuramente, da RDC.

O plano prevê expandir a linha férrea até à Zâmbia, através do Malawi, aumentando a capacidade de transporte de 800 mil para 3 milhões de toneladas anuais até 2030.

“Queremos transformar o Corredor de Nacala num verdadeiro corredor de desenvolvimento, à semelhança do Corredor do Lobito, em Angola”, afirmou Daniel Chapo.

Emprego e Crescimento Inclusivo Como Prioridade Nacional

O Presidente destacou que a parceria com a DFC visa criar emprego e gerar rendimento sustentável, sobretudo para jovens e mulheres, reforçando a dimensão social da política económica.

“Com mais projectos deste género vamos desenvolver o país. O nosso objectivo é criar oportunidades que transformem a vida das famílias moçambicanas”, afirmou o Chefe do Estado.

A abertura demonstrada pela DFC reforça a confiança de Moçambique na capacidade de atrair investimento internacional e de converter a diplomacia económica em desenvolvimento real e inclusivo.

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