
Moçambique vai investir US$ 34 mil milhões na geração de mais de 3000 MW até 2030 e outros 11.000 MW até 2043
• País quer atrair fundos para agenda regional de energia
Moçambique está a esboçar estratégias visando atrair os recursos financeiros necessários para explorar o seu elevado potencial de produção de energia hidroeléctrica e verde e, por via disso, contribuir para a implementação da agenda nacional e regional neste domínio.
Falando em Washington, numa palestra sob o lema “Unidos pela Segurança Energética e Sustentabilidade, Vitória Tripla do Comércio Regional de Energia”, realizada no âmbito das reuniões de primavera do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI), o Ministro da Economia e Finanaças, explicou que o país tem exportado quantidades superiores a 1000 MW, estando, ao mesmo tempo, a investir na capacidade de transferência de energia.
Max Tonela recordou o facto de 560 milhões de pessoas vivere sem acesso à energia na África Austral, facto que é simultaneamente um desafio e uma oportunidade.
“Somos um país que dispõe de um elevado potencial energético, sobretudo hídrico, no vale do Zambeze, mas também temos fontes renováveis e gás natural ainda poucos explorados e que podem proporcionar condições para responder às necessidades internas e para as exportações para a na região austral do continente”, disse.
“Ternos projectos de infra-estruturas de electrificação com os países vizinhos, incluindo a África do Sul e o Zimbabwe: reforçamos a ligação com o Eswatini, no âmbito do projecto Motraco, entre outras ligações que permitem o comércio bilateral, mas também através das redes existentes da Southern African Power Pool (SAPP) que garantem o fornecimento a outros Estados não ligados directamente ao nosso país”, disse.
Max Tonela referiu-se ainda ao facto de entre 2014 e 2024 o país ter como meta concluir projectos na ordem de 975 MW alimentados sobretudo com base em energias renováveis e gás natural, envolvendo parcerias público-privadas e o objectivo do Governo de investir cerca de 34 mil milhões de dólares norte-americanos na geração de mais de 3000 MW até 2030 e outros 11.000 MW até 2043.
“São investimentos que permitem também que a região tenha energia de menor custo, sendo relevante trabalhar com instituições financeiras que dispõem de competências e background neste tipo de processos, tal como o Grupo do Banco Mundial”, frisou.
Uma fonte do Executivo sul-africano referiu-se a um encontro que manteve com o Tonela, em Washington, onde foi discutido o papel de Moçambique na elaboração de uma solução da crise energética que assola aquele País
“Tivemos urna reunião com o Governo moçambicano e acho que a proposta deste país é real¬mente muito interessante e fabulosa e o facto deles poderem ter energia e venderem um pouco para nós será algo positivo”, enfatizou o governante sul-africano, citado pelo jornal “Noticias”.
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