
O dia D do regresso da LAM aos céus europeus
Depois de 12 anos de paralisação, a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) escreve hoje uma nova página na sua história, com a retoma dos voos Maputo – Lisboa. A retoma é resultado da parceria entre a companhia da bandeira nacional e da empresa portuguesa Euro Atlântico que fecilitará as operações com a aeronave do tipo Boeing 777-200.
A aeronave deixa, na noite de hoje, num voo inaugural, a cidade de Lisboa, com destino a Maputo. Capacitado para transportar 320 passageiros, o aparelho possui 30 lugares para a classe executiva, 26 para prémio-económico e os restantes para a económica.
O aparelho vai efectuar três voos semanais e a sua operacionalização está inserida no projecto de reestruturação da LAM.
Quanto às regras de funcionamento, tratando-se de um consórcio, a LAM pagará à Euro Atlântico pelas horas de voo e os restantes serviços serão da responsabilidade da contra parte moçambicana, com a excepção da tripulação, que será, numa fase inicial, maioritariamente portuguesa, a aposta é formar contínua e gradualmente mais pessoal de cabine nacional até se alcançarem os 50 por cento do efectivo em ambas as partes.
“Nós vamos pagar ao nosso parceiro pelo número de horas que ele vai fazer na operação. Até agora, está tudo a correr como o acordado”, declarou Sérgio Matos.

Um dos trunfos para a recuperação da LAM é igualmente a exploração de mais rotas regionais, como, por exemplo, Maputo-Cape Town, que também entra hoje em funcionamento.
A companhia de bandeira nacional já vendeu cerca de 12 mil bilhetes para viagens entre Maputo e Lisboa, para os próximos seis meses.
“São números encorajadores porque a nossa previsão era de ter prejuízos durante pelo menos três meses ou seis meses. Regra geral, toda a rota internacional tem seis meses de prejuízo (…) Estamos a ter adesão e queremos acreditar que em fevereiro os números vão subir”, explicou.
Os voos, a partir de 25 mil meticais, equivalentes a 368 euros, na classe económica, serão efetuados por uma aeronave B777, com 302 lugares, que vai ligar as duas capitais três vezes por semana, na sequência de uma parceria com a operadora portuguesa EuroAtlantic.
A rota Maputo-Lisboa, abandonada pela compnhia há quase 12 anos, faz parte do plano de revitalização da operadora, depois de a empresa sul-africana Fly Modern Ark (FMA) ter entrado na gestão da LAM em Abril deste ano para o processo de restruturação.
Quatro meses após a implementação de um conjunto de intervenções, segundo a própria companhia, a transportadora foi estabilizada e reposicionada.
Além da rota Maputo-Lisboa, Maputo – Cape Town a companhia de bandeira moçambicana tem em carteira novas rotas que ligam Maputo a diferentes pontos da África do Sul, com destaque para a Cidade do Cabo.
“Acreditamos que são rotas que podem ajudar a dar algum `income´ para a própria companhia. Há quem questione porque é que estão a abrir rotas para fora se mesmo aqui, internamente, ainda não estamos bem consolidados? Isso é só uma questão de estratégia: diversificar a venda”, afirmou.
A estratégia em curso, de revitalização da empresa, segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.
Na óptica dos gestores da empresa, esta frente vai contribuir grandemente para a revitalização da companhia. Falando recentemente em Maputo sobre as inovações a serem introduzidas hoje, Sérgio Matos, gestor do projecto de reestruturação da LAM, reconheceu que internamente a companhia ainda não está consolidada, mas acredita que com a estratégia da diversificação, por via das rotas internacionais e/ou regionais, poderá suprir algumas lacunas na sua gestão interna.
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