O Dia Internacional do Trabalhador deve ser mais do que uma efeméride histórica. Deve ser, sobretudo, um momento de reflexão colectiva sobre o que significa, em pleno 2025, ter trabalho digno em Moçambique.

No nosso país, marcado por desigualdades persistentes e um mercado de trabalho em mutação, a ausência de empregos de qualidade traduz-se não apenas em perda de rendimento, mas num défice de inclusão, de cidadania plena e de progresso humano.

Não basta celebrar a contribuição dos trabalhadores. É preciso resgatar o valor do trabalho como base de desenvolvimento económico e justiça social, apostando em reformas reais que liguem os nossos jovens — milhões deles fora do sistema produtivo formal — a trajectórias viáveis de capacitação, empregabilidade e geração de rendimento sustentável.

Um pacto nacional pelo trabalho digno, assente no diálogo social e em políticas públicas integradas, é mais urgente do que nunca. O Estado, o sector privado e as organizações sindicais precisam de convergir numa nova agenda de valorização do capital humano, com foco em produtividade, inovação e equidade.

Num mundo em transformação — com a digitalização, a automatização e as mudanças climáticas a redesenharem os perfis profissionais —, Moçambique não pode ficar à margem. O futuro do trabalho começa com decisões de hoje. E essas decisões exigem visão, coragem e compromisso.

SUBSCREVA O.ECONÓMICO REPORT
Aceito que a minha informação pessoal seja transferida para MailChimp ( mais informação )
Subscreva O.Económico Report e fique a par do essencial e relevante sobre a dinâmica da economia e das empresas em Moçambique
Não gostamos de spam. O seu endereço de correio electrónico não será vendido ou partilhado com mais ninguém.