Preços do petróleo sobem com a proibição da exportação de combustíveis pela Rússia a alimentar os receios quanto à oferta

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Os preços do petróleo subiram na sexta-feira, 22 de Setembro, com as renovadas preocupações com a oferta global, devido à proibição da exportação de combustível pela Rússia, a contrariar os receios da procura, impulsionados por ventos macroeconómicos e taxas de juro elevadas.

Os futuros do Brent subiam 52 cêntimos, ou 0,56%, para US$ 93,82 dólares por barril, às 09:33 GMT, enquanto os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiam 73 cêntimos, ou 0,81%, para 90,36 dólares por barril.

Ambas as referências estavam a caminho de uma pequena queda semanal, depois de ganharem mais de 10% nas três semanas anteriores, em meio a preocupações sobre a oferta global apertada, já que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP +) mantêm cortes na produção.

“As negociações mantiveram-se instáveis, no meio de um cabo de guerra entre os receios quanto à oferta, reforçados por uma proibição russa de exportação de combustível, e as preocupações quanto ao abrandamento da procura, devido a políticas monetárias mais restritivas nos Estados Unidos e na Europa”, disse Toshitaka Tazawa, analista da Fujitomi Securities Co Ltd.

A empresa russa Transneft suspendeu as entregas de gasóleo aos terminais de Primorsk e Novorossiysk, no Báltico e no Mar Negro, nesta sexta-feira, 22 de Setembro, informou a agência noticiosa estatal Tass.

A Rússia proibiu temporariamente as exportações de gasolina e gasóleo para todos os países fora de um círculo de quatro antigos Estados soviéticos, com efeito imediato, para estabilizar o mercado interno de combustíveis, informou o governo na quinta-feira, 21 de Setembro.

Mas os ventos contrários macroeconómicos continuam a pesar sobre o sentimento da procura de petróleo.

“São os sinais do lado da procura que mais poderão afectar os preços do petróleo a curto prazo”, afirmaram os analistas do Commerzbank numa nota.

A economia da zona euro deverá registar uma contracção no terceiro trimestre, de acordo com os dados do Índice de Gestores de Compras (PMI) divulgados nesta sexta-feira, 22 de Setembro.

A contracção da actividade económica no Reino Unido aprofundou-se ainda mais em Setembro, em comparação com agosto, segundo dados adicionais do PMI.

O Federal Reserve manteve na quarta-feira as taxas de juro, mas endureceu a sua posição de “hawkish”, aumentando os receios de que taxas mais elevadas possam travar o crescimento económico.

O HSBC elevou na sexta-feira, 22 de Setembro, a sua previsão de preços do Brent para US$ 90 dólares por barril no quarto trimestre e US$ 82,50 dólares em 2024, devido à procura recorde da China e à previsão de que os cortes voluntários de produção da Arábia Saudita se manterão até ao segundo trimestre de 2024.

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