
Presidente Do Banco Mundial Reafirma Compromisso Com Moçambique Como Potência Energética Regional
Questões-Chave
- Ajay Banga efectuou visita oficial de dois dias a Moçambique, a convite do Presidente da República, Daniel Chapo;
- Visita incluiu sobrevoo às zonas com potencial energético e deslocação à Barragem de Cahora Bassa, em Tete;
- Moçambique tem capacidade para gerar energia renovável a partir de fontes hidroeléctricas, solares e eólicas;
- Cooperação entre Moçambique e Banco Mundial abrangerá turismo, agricultura, recursos minerais e infra-estruturas;
- Presidente da República afirma que corredores de desenvolvimento podem gerar receitas mais expressivas ao país.
Ajay Banga, presidente do Grupo Banco Mundial, efectuou uma visita de dois dias a Moçambique, durante a qual reafirmou o compromisso da instituição em apoiar o país na consolidação da sua matriz energética renovável e no desenvolvimento de sectores estratégicos como agricultura, turismo, infra-estruturas e recursos minerais.
A convite do Presidente da República, Daniel Chapo, o presidente do Banco Mundial deslocou-se a Moçambique numa missão de trabalho que incluiu encontros em Maputo e uma visita à província de Tete, com destaque para a Barragem de Cahora Bassa, onde ambos os líderes sobrevoaram zonas com elevado potencial energético.
Em declarações à imprensa, Daniel Chapo destacou a capacidade de Moçambique para produzir energia renovável a partir de pelo menos três fontes distintas: centrais hidroeléctricas, solares e eólicas. Sublinhou ainda a importância de estabelecer parcerias público-privadas com o Grupo Banco Mundial, nomeadamente através da Corporação Financeira Internacional (IFC), para alavancar o investimento no sector.
“A nossa localização geográfica é favorável à energia eólica. Temos sol quase o ano inteiro, o que permite uma expansão considerável da energia solar. E, claro, temos o potencial hídrico que já está parcialmente explorado, como em Cahora Bassa”, disse Chapo, recordando projectos como as centrais solares de Metoro e Mocuba, com capacidade para gerar, respectivamente, 40 e 41 megawatts, beneficiando milhares de famílias.
Durante o encontro, foi ainda abordada uma visão alargada da cooperação bilateral, com foco em quatro pilares: turismo, agricultura, recursos minerais e infra-estruturas. Neste último sector, o Chefe do Estado destacou o papel dos corredores de desenvolvimento de Maputo, Beira e Nacala, que considera “infra-estruturas com potencial de gerar mais receitas para o país do que actualmente produzem”.
Por seu turno, Ajay Banga assinalou que a cooperação entre Moçambique e o Banco Mundial não se deve restringir ao sector energético. “Há oportunidades nos corredores económicos, no turismo, e há oportunidades de aprendizagem para os jovens. Eu acho que temos um grande futuro para este país”, afirmou.
A visita de Banga é a primeira de um presidente do Banco Mundial a Moçambique, e ocorre num momento em que o país busca reforçar os seus fundamentos para a independência económica e o crescimento sustentável, com o apoio de parceiros internacionais.
Com esta visita histórica, o Banco Mundial sinaliza a sua intenção de manter Moçambique como parceiro estratégico na agenda de transformação energética e de desenvolvimento económico sustentável. A aposta conjunta em sectores produtivos e em infra-estruturas poderá acelerar a trajectória de crescimento do país e posicioná-lo como actor regional de referência.
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