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Novo Governo de Moçambique toma posse sob a liderança de Daniel Chapo

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O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, nomeou Maria Benvinda Delfina Levi como Primeira-Ministra de Moçambique, tornando-se a segunda mulher a ocupar o cargo, após Luísa Diogo. A nomeação marca uma nova etapa na liderança do país, com a entrada em funções de um governo remodelado, que inclui novos ministérios e figuras de destaque em diferentes áreas estratégicas.

Uma Primeira-Ministra experiente

Maria Benvinda Levi é formada em Direito e possui uma vasta experiência na administração pública. Entre 2008 e 2015, serviu como Ministra da Justiça, tendo depois ocupado o cargo de conselheira para assuntos jurídicos do antigo Presidente Filipe Nyusi. Com esta nomeação, Levi assume um papel central no novo governo, sendo responsável pela coordenação do Conselho de Ministros e pela implementação das políticas delineadas pelo Presidente.

A sua escolha reflete o compromisso de Chapo com uma liderança que alia experiência técnica e representatividade.

Composição do novo Governo

No mesmo despacho presidencial, Chapo nomeou 12 ministros, com destaque para a criação de novas pastas que refletem as prioridades do seu mandato, como Planificação e Desenvolvimento, Economia, e Comunicações e Transformação Digital.

Lista dos ministros nomeados:

  • Cristóvão Artur Chume – reconduzido como Ministro da Defesa Nacional;
  • Paulo Chachine – Ministro do Interior;
  • Maria Manuela dos Santos Lucas – Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação;
  • Carla Loveira – Ministra das Finanças;
  • Inocêncio Impissa – Ministro da Administração Estatal e Função Pública;
  • Roberto Albino – Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas;
  • Salim Valá – Ministro da Planificação e Desenvolvimento;
  • Estevão Pale – Ministro dos Recursos Minerais e Energia;
  • Basílio Muhate – Ministro da Economia;
  • Américo Muchanga – Ministro das Comunicações e Transformação Digital;
  • João Matlombe – Ministro dos Transportes e Logística;
  • Ussene Hilário Isse – Ministro da Saúde.

A recondução de Cristóvão Chume como Ministro da Defesa Nacional destaca-se como um reconhecimento à continuidade no sector da segurança, enquanto os demais ministros refletem uma renovação com foco em competências técnicas e meritocráticas.

Reformas estruturais no Governo

A estrutura governamental foi alvo de uma reorganização significativa, com a criação de novos ministérios e a fusão de outros. As mudanças incluem:

  • Extinção de pastas como Economia e Finanças, dividida em dois ministérios distintos;
  • Criação de pastas voltadas para desafios contemporâneos, como Transformação Digital e Planificação e Desenvolvimento;
  • Centralização de funções relacionadas à Agricultura, Ambiente e Pescas, numa única pasta.

Essas alterações, segundo a Presidência, visam tornar o governo mais eficiente e alinhado com as metas de crescimento sustentável e inovação.

Desafios do novo Executivo

O novo governo assume funções num contexto de grande expectativa, mas também de enormes desafios. Entre as questões prioritárias estão:

  • Gestão de crises no sector público: A recente greve anunciada pelos funcionários públicos devido ao cancelamento do 13º salário é um teste imediato para a nova liderança.
  • Dinamização económica: Com a criação de ministérios específicos, como o da Economia e o da Planificação e Desenvolvimento, espera-se uma abordagem mais focalizada para impulsionar o crescimento e atrair investimentos.
  • Resolução de conflitos no sector social: A continuidade de greves nos sectores da saúde, educação e agricultura expõe a urgência de intervenções estruturais para restaurar a confiança e a funcionalidade dos serviços públicos.

Tomada de posse e expectativas

A cerimónia de tomada de posse dos membros do governo acontece hoje no Gabinete do Presidente da República. Daniel Chapo, que assumiu a liderança com promessas de reformas profundas e promoção de meritocracia, enfrenta agora o desafio de transformar as suas visões estratégicas em ações concretas.

A formação deste novo governo é vista como um marco para Moçambique, com a esperança de que possa responder aos desafios económicos e sociais do país, promovendo inclusão, estabilidade e desenvolvimento sustentável.

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