
Projecto Nhluvuko financia novos negócios e reforça esperança em Boane e Matola
- Iniciativa da Mozal e Gapi apoia 10 novos projectos, capacita 70% dos beneficiários e impulsiona a formalização de 125 microempresas na província de Maputo
- 10 novos projectos de negócio financiados nos distritos de Boane e Matola;
A segunda fase do Projecto Nhluvuko marca um novo impulso ao empreendedorismo local nos distritos de Boane e Matola, com a atribuição de financiamento a 10 novos projectos de negócio. A iniciativa, resultante da parceria entre a Mozal e a Gapi, pretende transformar ideias em empresas formais, acelerar a criação de emprego e reforçar a economia local através de um fundo rotativo de 77 milhões de meticais.
A aposta no desenvolvimento local e na economia inclusiva ganha novo alento com a segunda fase do Projecto Nhluvuko — palavra que significa “desenvolvimento” em changana. Financiado pela Mozal, com comparticipação da Gapi para capacitação técnica, o fundo rotativo de 77 milhões de meticais já começa a materializar sonhos e ambições de pequenos empresários moçambicanos.
O programa, lançado em 2023, registou agora 10 novos projectos apoiados e 125 microempresas formalizadas nos distritos de Boane e Matola, na província de Maputo.
Os dados apontam que 70% dos beneficiários receberam formação em gestão de crédito e cumprimento fiscal, uma componente crítica para a sustentabilidade dos negócios. A inclusão é um dos pilares centrais: 30% dos novos financiados são mulheres e 30% são jovens, segmentos mais vulneráveis ao desemprego e à exclusão económica.
Segundo os relatos dos beneficiários, o projecto representa uma “janela de esperança aberta”, um estímulo a sonhar mais alto, mas também a trabalhar com foco e rigor para vencer os inúmeros obstáculos que a actividade empresarial em Moçambique ainda impõe.
Um mercado que começa a mudar
As áreas de negócio apoiadas são diversificadas, abrangendo produção alimentar, agro-processamento, manufactura, serviços e inovação local. O objectivo não é apenas financiar negócios individuais, mas criar modelos replicáveis que sirvam de inspiração para outras iniciativas nas comunidades.
A aposta na formalização empresarial é também estratégica. Ao fomentar a migração da actividade económica da informalidade para o sector formal, o Nhluvuko visa ampliar a base fiscal, fortalecer a competitividade e reforçar a inclusão no sistema financeiro.
“O conhecimento mostra-se como arma indispensável para progredir”, afirma um dos beneficiários, sublinhando a importância da formação recebida para enfrentar o mercado com qualidade, inovação e disciplina empresarial.
Uma aposta para 2028 e além
O fundo rotativo estará operacional até 2028, com o objectivo de apoiar a sustentabilidade e a expansão das micro, pequenas e médias empresas que surgem no âmbito do projecto. O modelo prevê que os montantes reembolsados pelos primeiros beneficiários sejam re-aplicados em novos empreendedores, criando um ciclo virtuoso de investimento social e económico.
Esta abordagem reflecte também uma visão mais moderna da responsabilidade social corporativa, onde grandes multinacionais como a Mozal procuram impactar positivamente as comunidades locais de forma estrutural, e não apenas assistencialista.
Com mais de 50 anos de independência, Moçambique enfrenta o desafio de transformar a sua juventude em motor de crescimento inclusivo e sustentável. Projectos como o Nhluvuko revelam que, com investimento, capacitação e espírito empreendedor, há espaço para construir alternativas viáveis à armadilha da informalidade e do desemprego.
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