
PRONAI não é uma realização
Instado pelo O.Económico a analisar o Programa Nacional de Industrialização, PRONAI, o economista, Mussagy Ibraimo, vê virtudes na iniciativa do Governo, mas que, no entanto, não oferecem garantias de realização.
“O PRONAI é também um instrumento bem desenhado, teoricamente equilibrado. A componente do agronegócio tem espaço para a promoção da industrialização. Mas, não basta esta indução teórica que é necessário, mas não é por si só uma realização”, disse.
Ibraimo Mussagy, professor universitário e Coordenador de Doutoramento em Economia da Universidade Católica de Moçambique, insistiu que as indústrias devem estar integradas aos mercados de matérias primas locais. “E aqui, nós somos excelentes a fornecer os mercados internacionais com esta”, observou.
“Portanto, deveremos potenciar as ligações desta transformação na indústria nacional pois só assim podem surgir os tais Clusters de que se falam”.
Para o economista essas ligações são feitas através de incentivos a produção familiar ou em larga escala, “largamente identificados e analisados”, e em condições exigidas pelas indústrias ou mercados consumidores e, ainda, com a criação de meios para escoamento destas para os mercados consumidores.
“Caso não, continuaremos a importar o milho que tanto produzimos no centro e no Norte, sem qualidade, que nem para ração de frangos serve, continuaremos a importar arroz com tanta zona fértil propicia a esta cultura.” Advertiu Ibraimo Mussagy.