
Assegurada sustentabilidade dos negócios dos fornecedores privados de água
O Governo e a Associação dos Fornecedores Privados de Água de Moçambique (AFORAMO) rubricaram, semana finda, 23/12, um acordo para integração do sector privado no sistema público de abastecimento de água e que vem a por fim ao problema de sobreposição que vinha gerando conflitos entre o FIPAG e os provedores privados.
Em forma de uma parceria público-privada, o modelo acordado dá garantias aos provedores privados de continuarem a operar nas zonas em que está em expansão a rede pública, colocando fim a um impasse que, num período muito recente, levou a uma paralisação, pelos membros da associação, da actividade de fornecimento do recurso aos consumidores na sequência de “falhas de comunicação” das medidas de expansão da rede pública actualmente em curso no País.
O acordo visa garantir a contínua prestação dos “melhores serviços” de abastecimento de água no País, refere um comunicado do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH).
O Inspector-Geral das Obras Públicas, no Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Daniel Baloi, destacou que “o Governo incentiva a participação dos fornecedores privados nos esforços para prover água à população”, enquanto para o Director Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento, Raúl Mutevuie Júnior, “o sector privado desempenha um papel fundamental no processo de distribuição de água”.
Por sua vez, Adriano Chirute, presidente da AFORAMO, entidade representativa dos fornecedores privados de água no País, explicou que o acordo assinado com o executivo vai permitir a integração do sector privado na expansão da rede de distribuição de água.
Com efeito, além de proteger os investimentos dos privados, a união de esforços, por via da integração dos mesmos nas zonas onde há sobreposição de redes, deverá acelerar o cumprimento das metas de abastecimento de água no país.
O desafio é de atingir cerca de 90 por cento de cobertura nas zonas urbanas, actualmente em 83 por cento, e 70 por cento nas rurais, contra os actuais 53 por cento, em 2024.