• Mantém-se a perspectiva-se da inflação de um dígito, no médio prazo, não obstante a materialização e agravamento de alguns riscos associados às projecções de inflação;
  •  A nível interno, destacam-se as incertezas em relação aos impactos dos recentes choques climáticos sobre os preços de bens e serviços, no curto prazo, assim como ao aumento da pressão sobre a despesa pública;
  • Destacam-se as incertezas relativamente aos efeitos da volatilidade nos mercados financeiros globais e do prolongamento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu manter a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, em 17,25%. Segundo o órgão, a decisão é sustentada pela manutenção das perspectivas de uma inflação de um dígito, no médio prazo, não obstante a materialização e agravamento de alguns riscos associados às projecções de inflação, com destaque para a ocorrência de desastres naturais e o aumento da pressão sobre a despesa pública.

Em comunicado, divulgado, esta tarde, 29/03, os riscos e incertezas subjacentes às projecções de inflação agravaram-se:

A nível interno, destacam-se as incertezas em relação aos impactos dos recentes choques climáticos sobre os preços de bens e serviços, no curto prazo, assim como ao aumento da pressão sobre a despesa pública. Na envolvente externa, destacam-se as incertezas relativamente aos efeitos da volatilidade nos mercados financeiros globais e do prolongamento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia”. Refere o CPMO.

Depois de reiterar que perspectiva-se uma inflação de um dígito no médio prazo, o CPMO, realça que, “em Fevereiro de 2023, a inflação anual acelerou de 9,78% para 10,30%, a reflectir, sobretudo, o incremento dos preços dos bens alimentares em face da ocorrência de choques climáticos, e o aumento dos preços dos bens e serviços administrados”. O CPMO, justifica que, para o médio prazo, mantêm-se as perspectivas de inflação de um dígito, decorrente do impacto das medidas tomadas por si tomadas de estabilidade cambial e também o impacto da tendência de redução dos preços das mercadorias no mercado internacional.

Assim, de acordo com o CPMO, “antevê-se um crescimento económico mais moderado”.

Estas perspectivas reflectem, sobretudo, a prevalência de condições financeiras globais mais restritivas, resultando n

uma menor expansão da actividade económica global e consequente redução dos preços internacionais das mercadorias de exportação. Excluindo os projectos energéticos em curso na Bacia do Rovuma, prevê-se um crescimento do produto interno bruto ainda mais lento, devido, essencialmente, ao impacto dos recentes choques climáticos sobre a produção agrícola e diversas infraestruturas.

O CPMO, volta a alertar sobre os níveis do endividamento público interno:

“A dívida pública interna agravou-se. Excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 301,3 mil milhões de meticais, o que representa um aumento de 26,1 mil milhões em relação a Dezembro de 2022.

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