Taxa de juro real reduz pela segunda vez consecutiva este ano

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Taxa de Juro de Política Monetária reduz para 15,75% O Comité de Política Monetária – CPMO – do Banco de Moçambique – BdM – convocou a imprensa esta quarta-feira (27/03) para comunicar que decidiu reduzir a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, de 16,50 % para 15,75%, a segunda descida este ano, justificada pela “consolidação das perspectivas de inflação a um dígito”, , segundo o Governador do BdM, Rogério Zandamela, que anunciou a medida,  acrescentando que, no médio prazo, o contexto da avaliação de riscos e incertezas associados às projecções continua favorável.

“As perspectivas de inflação mantêm-se em um dígito no médio prazo. Em Fevereiro de 2024, a inflação anual fixou-se em 4,0%, após 4,2% em Janeiro. A inflação subjacente, que exclui as frutas e vegetais e bens com preços administrados, também desacelerou.”

Ademais, para o médio prazo, mantêm-se as perspectivas de uma inflação em um dígito, reflectindo, sobretudo, a estabilidade do Metical e o impacto das medidas tomadas pelo CPMO Para o médio prazo, excluindo o gás natural liquefeito (GNL), perspectiva-se a manutenção de um crescimento económico moderado, salientou o Governador.

“No quarto trimestre de 2023, estima-se que, excluindo o GNL, que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescido 3,6% depois de 3,3% no trimestre anterior. Quando incluído o GNL, o PIB cresceu 5,4%. No médio prazo, antevê-se que a actividade económica, excluindo a produção do GNL, continue a recuperar, não obstante as incertezas quanto aos impactos dos choques climáticos na produção agrícola e infra-estruturas diversas”.

Endividamento público interno a maior preocupação do momento

Entretanto, segundo o CPMO, a pressão sobre o endividamento público interno mantém-se elevada.

“O endividamento público interno, excluindo os contractos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 344,0 mil milhões de meticais, o que representa um aumento de 31,7 mil milhões em relação a Dezembro de 2023.”

 A avaliação dos riscos e incertezas associados às projecções da inflação mantém-se favorável. Destacam-se como possíveis factores de contenção da inflação, no médio prazo, o esforço da consolidação fiscal e o impacto menos gravoso dos conflitos geopolíticos sobre a cadeia logística e sobre os preços das mercadorias no mercado internacional.

Diz o CPMO que continuará com o processo de normalização da taxa MIMO no médio prazo. “No entanto, o ritmo e a magnitude continuarão a depender das perspectivas da inflação, bem como da avaliação dos riscos e incertezas subjacentes ás projecções do médio prazo”

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