
Traficantes vietnamitas detidos na posse de cornos de rinoceronte no Aeroporto de Mavalane
- Dois vietnamitas, ambos de 31 anos de idade, foram detidos em flagrante, na sexta-feira (02.02), no Aeroporto Internacional de Maputo, na posse de 19 cornos de rinoceronte, 18 garras e quatro unhas de leão.
- Os traficantes detidos pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal – SERNIC se preparavam para embarcar rumo ao país de origem, com a mercadoria escondida em três malas de viagem
Nos últimos anos, as autoridades moçambicanas em colaboração com outros países têm vindo a reforçar medidas para estancar o tráfico de produtos da vida selvagem. Esta conjugação de esforços resultou na detenção, na semana passada, na África do Sul, do moçambicano Alves Chongo, considerado um dos “chefões” do tráfico de cornos de rinocerontes e outros produtos faunísticos.
Alves Chongo, ou simplesmente “Thu Bobo”, é um dos temíveis traficantes de produtos faunísticos há mais de cinco décadas. Ele é natural de Chókwè, na província de Gaza e “super famoso no Segundo Bairro” pelo tipo de negócios em que se encontra envolvido. Thu Bobo vive na África do Sul há mais de 40 anos, gerindo grupos de bandidos, entre eles, assaltantes de viaturas e traficantes de produtos faunísticos
O homem já esteve preso por várias vezes na África do Sul, onde tinha a protecção da sua antiga esposa, por sinal uma antiga ministra do governo sul-africano durante os mandatos de Nelson Mandela e Thabo Mbeki.
Conforme escreve a página Moçambique Bio, Thu Bobo foi preso na posse de cornos de rinoceronte e uma arma de fogo de calibre 375 roubada no Parque de Kabega no ano passado, correndo o risco de ser condenado entre 10 a 16 anos de prisão efectiva, devido ao transporte, posse ou caça de espécies de animais proibidas.
Quando um cidadão é encontrado a transportar, traficar, ou mesmo a caçar espécies proibidas na África do Sul, as penas variam de 10 a 16 anos de prisão.
Segundo o estudo da Wildlife justice commission, avaliação da ameaça global 2022, os cornos de rinoceronte são contrabandeados com maior frequência em companhias aéreas comerciais, mas a tendência está a transitar de pequenas remessas na bagagem de passageiros para remessas maiores por via aérea.
Os cornos contrabandeados na bagagem dos passageiros representaram 143 casos com um total de 1.920 kg, atingindo um pico no período 2016-2017 com 48 casos, diminuindo depois para apenas seis casos no período de 2020-2021, presumivelmente devido a restrições de viagem relacionadas com a COVID-19.
Embora as apreensões de carga aérea tenham permanecido comparativamente baixas durante a década, com 17 casos totalizando 854 kg, o volume de cornos apreendidos com este modus operandi aumentou acentuadamente desde o período 2018-2019.
Estas tendências começaram antes da pandemia e coincidiram com outras grandes mudanças, como a utilização de rotas de contrabando mais directas para estas remessas, o que aponta potencialmente para um maior envolvimento de grupos de crime organizado transnacionais e para a sua capacidade de transportar grandes volumes de produtos através de cadeias de abastecimento mais eficientes.
Acrescenta o estudo que, embora não se tenham verificado tendências notáveis no número de apreensões ou peso dos cornos contrabandeados por mar (12 apreensões totalizando 676 kg durante a década), várias grandes apreensões salientam a ameaça que este método de transporte representa, incluindo a apreensão de 250 kg de corno de rinoceronte na rota de Moçambique para a China por navio de pesca, em 2019.8.
Os resultados da investigação da Wildlife Justice Commission sugerem que muitas remessas significativas de corno de rinoceronte têm sido transportadas com sucesso por mar ao longo dos anos, mas o facto de poucas terem sido interceptadas poderá sugerir que o transporte marítimo é uma ameaça sub-representada.
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