
UMA ATITUDE EMPREENDEDORA DOS JOVENS PODE ACELERAR A EMANCIPAÇÃO ECONÓMICA DO PAÍS
– Sugere Salim Cripton Valá, quando se debruçava em torno do tema “Independência Económica”, que defende colocação dos jovens na centralidade das estratégias de desenvolvimento do Pais, e necessidade de um novo modelo de desenvolvimento
Num evento que contou com a presença de 338 jovens da Província de Inhambane, em que participaram também estiveram os dirigentes da Província, Salim Cripton Valá, PCA da BVM, defendeu que “estando no cume da árvore da vida os jovens estão, e deverão continuar a estar ainda mais, no futuro, na centralidade das estratégias de desenvolvimento económico do país. A independência económica que tanto almejamos vai depender de como os jovens moçambicanos vão inserir-se no processo de implementação de compreensíveis e sustentáveis estratégias de desenvolvimento económico de Moçambique”.
Os pronunciamentos foram feitos numa palestra intitulada “Papel dos Jovens para a Independência Económica”, realizada na Cidade da Maxixe, no dia 29 de novembro de 2022, enquadrada nas Comemorações dos 45 anos da Organização da Juventude Moçambicana (OJM).
O seu entendimento sobre “independência económica” é, basicamente, “não ser submisso ou não estar subordinado a qualquer agenda que não seja do próprio país”. Para Salim Valá, essa compostura “não coloca de lado nem marginaliza o papel da ajuda externa e da cooperação, mas a ajuda deve enquadrar-se na agenda do país e conceptualmente deve ser passageira e transitória, permitindo criar autonomia e empoderamento”
A independência económica, disse o académico e PCA da BVM, requer níveis elevados de produção, produtividade, competitividade, poupança, criação de riqueza e sua multiplicação, implicando níveis altos de progresso, bem-estar e prosperidade.
Na sua alocução, Salim Valá, disse que o desenvolvimento económico é um eixo fulcral para o alcance da emancipação económica, referindo que é um processo de transformação de longo prazo, que articula esforços nas esferas de crescimento económico, desenvolvimento do capital humano e social, melhoria dos serviços essenciais e infraestruturas, exploração sustentável e rentável dos recursos naturais e ambiente, boa governação e planeamento para o mercado, tendo como objectivo primordial melhorar o bem-estar das pessoas, numa perspectiva multidimensional e inter-geracional.
“Não é suficiente ter apenas taxas de crescimento económico elevadas nem ter melhorias significativas em algumas dimensões de desenvolvimento isoladamente. Sem ter patamares elevados de desenvolvimento económico e social, é quase impossível ter independência económica, por isso encaro o desenvolvimento económico sustentável como um caminho seguro para o alcance da independência económica, sendo certamente um processo contínuo”. Frisou Salim Valá.

MUDANÇA DE ATITUDE E PROMOÇÃO DO EMPREENDEDORISMO
Salim Valá referiu que é necessário um novo modelo de desenvolvimento económico, mais abrangente, mais inovador, mais inclusivo e sustentável, sublinhando que não precisamos de “inventar a pólvora de novo”.
“Se é verdade que temos de ser uma economia aberta ao mundo, não podemos deixar de colocar e primeiro lugar os interesses do país e dos moçambicanos”, Defendeu
A tese de Salim Valá é de que o caminho para a independência económica faz-se pela transformação estrutural da economia através da diversificação económica e da industrialização do País, dado que não existem países desenvolvidos que não tenham um sector industrial forte e dinâmico.
O orador convidou os jovens a mudarem de mentalidade e de atitude pois, segundo ele, sendo a maioria da população do País, podem induzir o resto da população à dedicação e empenho no trabalho, incremento da produção e da produtividade, melhoria da organização e disciplina, promoção da poupança e seu investimento produtivo, aprimoramento permanente das suas capacidades e competências, e desenvolvimento da criatividade e de parcerias.”.