Vodacom interrompe comunicações com TMCEL…e recua

Vodacom interrompe comunicações com TMCEL…e recua

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Ao que tudo indica a Vodacom irá recuar na sua decisão de interromper a sua interligação com a TMCel devido às dívidas desta última com a primeira, avaliadas em cerca de 600 milhões de Meticais.

O recuo surge depois da intermediação do regulador, o Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique – INCM, e ao que tudo indica, a TMCel, tem até sexta-feira para apresentar um plano de liquidação da dívida.

Em comunicado divulgado na tarde de hoje, 15 de Junho, a Vodacom anunciava que interrompia as interligações com a TMCel, com efeitos a partir da próxima quinta-feira, 17 de Junho de 2021, indicando que os clientes da operadora de telefonia móvel  Moçambique Telecom, SA – TMcel não poderiam mais efectuar chamadas de voz para os clientes da Vodacom Moçambique.

“A decisão tomada decorre de uma dívida de cerca de 600 milhões de meticais, resultante do incumprimento por parte da TMCel do contrato de interligação entre as duas operadoras”, informou a Vodacom Moçambique, no comunicado que estamos a citar.

Segundo a Vodacom Moçambique, o contrato de interligação estabelece que as duas operadoras devem pagar entre si as tarifas devidas de interligação, que permitem que clientes de uma operadora comuniquem com os da outra, através de chamadas de voz e mensagens de texto.

“Após sucessivos incumprimentos por parte da TMCel no desembolso dos valores devidos, a Vodacom interrompe a interligação, de forma a impedir o crescimento da dívida, que se vem acumulando desde o ano de 2018”, explica a Vodacom Moçambique, assegurando que a decisão limita-se as chamadas de voz e que a mesma não afectará os seus clientes.

A interrupção, a consumar-se, afectaria os serviços de voz, impedindo os clientes da TMCel de efectuar chamadas para os clientes da Vodacom. Entretanto, os utilizadores da rede Vodacom continuariam a efectuar chamadas para a TMCel.

O “O. Económico” entende que caso se efectivasse a decisão da Vodacom, a mesma  constituiria um revés significativo no processo de recuperação da operadora estatal de telefonia móvel desencadeado pela fusão das extintas Telecomunicações de Moçambique (TDM) e a Moçambique Celular (mCel), que estavam à beira da falência por falta de sustentabilidade e com elevadas dívidas.

 

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